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Cotidiano

STF dá 48 horas para governo explicar impasse sobre 'passaporte da vacina'

Ministro do Supremo quer resposta rápida do governo sobre não-exigência do comprovante para pessoas que chegam ao Brasil por via aérea

06/12/2021 às 19:08

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Aeroporto de Garulhos

Aeroporto de Garulhos | Ettore Chiereguini/Gazeta de S.Paulo

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu 48 horas para o governo federal explicar por que não é exigido comprovante de vacinação, conhecido como 'passaporte da vacina', para pessoas que desembarcam no Brasil pela via aérea. 

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O magistrado mencionou pedido da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesse sentido e citou "inércia" do Executivo em atualizar a portaria que trata do ingresso no país. 

A ordem de Barroso ocorreu na ação em que o partido Rede Sustentabilidade pede para a corte obrigar o Palácio do Planalto a adotar as medidas recomendadas pela agência reguladora para entrada no Brasil. 

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Agora, os Ministérios da Casa Civil, da Justiça, da Saúde e da Infraestrutura terão que justificar ao STF as medidas que vêm adotando para evitar a entrada de novos casos da Covid-19 no país. 

Na decisão, Barroso também cita o surgimento da ômicron, nova variante da doença. 

"Diante da inércia do governo federal em revisar a Portaria nº 658/2021, do risco iminente de disseminação de nova cepa de Covid-19, da aproximação das férias e de grandes eventos turísticos (como o Carnaval), o requerente pede, liminarmente, que o STF determine a adoção das medidas recomendadas pela Anvisa", resumiu o ministro. 

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Atualmente, é necessário apenas um teste negativo para a doença e a assinatura de uma declaração de que está de acordo com as medidas sanitárias estabelecidas pelas autoridades locais para entrar no Brasil.
Na ação, porém, a Rede cita que diversos países exigem o passaporte de vacinação e que o Brasil corre risco de se tornar o destino preferencial do turismo antivacina. 

A tese do partido é que, apesar de a Anvisa ser um órgão opinativo e os ministérios terem o poder de decidir, o governo tem sido omisso e o presidente, negacionista.

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