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Cotidiano
Nesta terça-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro rebateu críticas sobre sua ida ao partido do Centrão
09/11/2021 às 12:37
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Filiação ao PL não está completamente acertada, mas presidente disse que deve decidir nesta semana | /Marcelo Camargo/Agência Brasil
Com a filiação praticamente acertada para o PL de Valdemar da Costa Neto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou nesta terça-feira (9) rebater eventuais críticas à sua ida para o partido do Centrão -grupo de partidos ao qual o mandatário pertenceu por mais de 20 anos, mas ganhou a eleição em 2018 com discurso contrário.
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"Pessoal critica: 'Ah, o cara está conversando com o centrão'. Quer que eu converse com o PSOL, com o PC do B, que não centrão?", questionou o presidente, em entrevista ao portal bolsonarista Jornal Cidade Online.
"Se você tirar o centrão, tem a esquerda. Para onde é que eu vou? Tem que ter um partido, se eu quiser disputar as eleições do ano que vem", prosseguiu.
Na entrevista, o presidente não cita o PL expressamente, mas na segunda-feira (8) disse estar 99% fechado com a legenda.
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O partido era aliado do ex-presidente Lula. No mensalão, seu dirigente, Valdemar da Costa Neto, foi condenado e preso.
Bolsonaro lembrou ainda que ele próprio foi filiado ao PP, outro partido do Centrão com o qual vinha negociando até o momento. "Eu fui do Centrão", disse.
A filiação não está completamente acertada, mas o presidente disse a apoiadores nesta manhã que deve decidir nesta semana.
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Haverá uma reunião entre Valdemar e Bolsonaro na quarta-feira (10) para acertar alguns palanques regionais, segundo o próprio presidente disse a apoiadores nesta manhã.
Uma eventual filiação de Bolsonaro e seus apoiadores ao partido consolida ainda mais a mudança de postura do presidente. Durante as eleições, era crítico do "toma lá, dá cá" que dizia ser feito pelo centrão, grupo de partidos que hoje dá sustentação ao seu governo.
O general Augusto Heleno (GSI), na campanha de 2018, cantou: "Se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão".
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O PL e o PP ocupam as principais cadeiras no Palácio do Planalto: Casa Civil, com Ciro Nogueira, e Secretaria de Governo, com Flávia Arruda.
No cercadinho do Palácio do Alvorada, o chefe do Executivo foi questionado sobre para qual partido iria.
Bolsonaro disse que deve se decidir nesta semana, e aproveitou para já se blindar de eventuais críticas.
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"Todos os partidos têm problemas. Eu não consegui fazer o meu, (por) que a burocracia cresceu muito e foi impossível ter um partido", disse o presidente.
"Não queiram tudo, que o partido não é meu. Tem uma outra pessoa lá que fez o acordo comigo e nós temos que alinhar nossos objetivos, só isso", afirmou, sem citar Valdemar da Costa Neto.
O presidente completa, no próximo dia 19, dois anos sem legenda, desde quando deixou o PSL, partido pelo qual se elegeu.
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A expectativa de aliados é de que, com a filiação, Bolsonaro leve ao menos 20 deputados para o PL, na janela partidária, no ano que vem. Em 2018, o PSL elegeu 52 deputados.
A demora do presidente em escolher um partido foi motivo de crítica de apoiadores e aliados, que esperam a decisão para poder se filiar a uma legenda. Enquanto isso, a maioria dos palanques estaduais já estão organizados.
"Tem gente já reclamando, 'por que que não estou vindo candidato?', Porque não tem legenda para você, uai", disse Bolsonaro no cercadinho.
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A prioridade do presidente será lançar senadores, como ele próprio confirmou nesta manhã. Comentou ainda a possibilidade de Luciano Hang ser candidato ao Senado, como sinalizou ter interesse. Disse que ele nem precisaria sair de casa para ser eleito.
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