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Cotidiano
APOSTA. São Paulo planeja inaugurar sua própria roda, a maior da América Latina, prevista para meados de 2022
23/10/2021 às 01:00
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Rodas-Gigantes instaladas em shoppings da cidade de São Paulo pela empresa Rodas-gigantes Brasil atraíram cerca de 50 mil pessoas durante um curto período | Divulgação
Quem passa pelo quilômetro 72 da rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, não deixa de ver a colorida roda-gigante do Hopi Hari; já no Parque Marisa, localizado no bairro de Itaquera, na Capital, o brinquedo, voltado para toda a família, é um dos mais disputados. Entretanto, já faz algum tempo que as rodas-gigantes deixaram de ser coadjuvantes em parques de diversões e passaram a ser a atração principal, com direito a ingressos esgotados, filas gigantescas, preços altos e design repaginado.
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Um exemplo desse cenário é o evento Grand Amour, que deveria ter iniciado no dia 15 de outubro, mas foi adiado devido ao mau tempo (uma nova data pode ser anunciada nesta próxima semana). Com ingressos a
R$ 650, o evento, que prometia um jantar em uma roda-gigante de 36 metros de altura com vista para a Ponte Estaiada, já estava com ingressos esgotados.
O mesmo sucesso foi experimentado por duas rodas-gigantes instaladas recentemente nos shoppings Morumbi e Anália Franco, ambos na Capital. "A aceitação foi acima de nossa expectativa. Em um curto período, cerca de 50 mil pessoas estiveram em nossas rodas- gigantes", relata Rodger Augusto, CEO da Coney Island, detentora da marca Roda- gigante Brasil, e diretor da área de Parques Itinerantes da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil).
repaginadas.
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Ainda que os preços não fossem tão altos como o do evento Grand Amour, para andar em uma das rodas instaladas nos shoppings, a pessoa deveria pagar entre
R$ 40 e R$ 270, mais uma taxa de R$ 15, caso quisesse levar o seu animal de estimação para dar uma voltinha.
O preço mais "salgado" pode ser explicado pelo fato de que as rodas-gigantes de hoje estão bem diferentes da de antigamente, com gôndolas que contam com bancos estofados, por exemplo, e ainda oferecem mimos, como espumante e castanhas, para o frequentador.
"O conceito não mudou, o que mudou foram o conforto, a robustez, a acessibilidade, a tecnologia, a iluminação, a altura e a capacidade de cada gôndola. Antes, a altura máxima era de 12 m, e cada cabine comportava dois ocupantes; hoje, há cabines que comportam até 8 pessoas. Isso, claro, falando das rodas-gigantes do Brasil", explica Augusto.
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Inclusão.
Na opinião do CEO da Coney Island, o sucesso revitalizado das rodas-gigantes passa pelo momento de reabertura da economia, superado o momento mais crítico gerado pela pandemia do novo coronavírus, mas também tem relação com o fato de as rodas serem inclusivas.
"O Brasil é um país muito carente de entretenimento e, agora, com a retomada da economia, nosso segmento, que sofreu muito durante a pandemia, passa a ganhar mais atenção e visibilidade. Além disso, a roda-gigante é um equipamento totalmente inclusivo, ou seja, permite que um cadeirante, um recém-nascido e até um pet participem da atração. Isso é algo muito importante para qualquer tipo de entretenimento. O sucesso da roda- gigante também deve-se à inclusão", avalia Augusto, que já está pronto para instalar três equipamentos na capital paulista nos próximos meses, um no Parque Villa-Lobos, outro no shopping Metrô Tatuapé e um terceiro em "um importante parque ecológico de São Paulo", nas palavras dele.
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A MAIOR.
Na esteira do sucesso das rodas-gigantes no Brasil e no mundo, em outubro do ano passado, o Governo do Estado de São Paulo anunciou que a capital paulista ganharia sua própria roda-gigante, com 90 metros de altura, o que a colocaria como a maior da América Latina.
O projeto faz parte das ações de revitalização do entorno do Rio Pinheiros e o equipamento, cuja expectativa de funcionamento é para o primeiro semestre de 2022, deve ser instalado no parque Cândido Portinari.
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A empresa SPBW foi a vencedora do Chamamento Público para instalar a roda- gigante, que tem projeto urbano de autoria de Levisky Arquitetos | Estratégia Urbana. Para explorar o serviço, ela deve pagar à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) R$ 141 mil mensais ou 10% do valor do faturamento bruto (prevalecendo o maior) e destinar parte dos ingressos à população de baixa renda.
A Gazeta procurou a secretaria para saber do andamento da obra e foi informada que, até o momento, "as equipes trabalham na infraestrutura do terreno".
(Gladys Magalhães)
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