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Cotidiano
Em coletiva, o ministro falou ainda sobre a decisão de seguir em frente com a proposta que pode 'furar' o teto de gastos e sobre as críticas contra sua atuação
22/10/2021 às 20:00
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Ministro da Economia, Paulo Guedes | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após o anúncio do Governo Federal sobre o Auxílio Brasil e o avanço da proposta que ameaça "furar" o teto de gastos para financiar o programa, o presidente Jair Bolsonaro fez uma visita ao Ministério da Economia para se encontrar com Paulo Guedes. Após a conversa, os dois fizeram um pronunciamento à imprensa a fim de acalmar os ânimos do mercado financeiro.
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Nesta quinta-feira (22), a bolsa de valores brasileira operou em queda e o dólar sofreu disparada, diante da ameaça de extrapolação do teto de gastos. No mesmo dia, quatro secretários do Ministério da Economia anunciaram suas demissões alegando motivos pessoais.
O presidente iniciou a coletiva dizendo que não fará "nenhuma aventura" na economia e que mantém "confiança absoluta" no ministro. Guedes se pronunciou em seguida, respondendo perguntas dos jornalistas. As informações são do G1.
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Sobre a possibilidade de ultrapassar o teto de gastos para viabilizar o valor do Auxílio Brasil, Guedes deu a entender que pretende seguir em frente.
"Tem essa sutileza: como não há fonte permanente – permanente eram os R$ 300 que cabem dentro do teto –, mas como não há fonte permanente e IR não andou, o governo não podia ficar parado. Não vou deixar de assistir os mais frágeis. A solução tecnicamente correta não funcionou e a situação dos mais frágeis piorou.", disse o ministro.
Com relação à debandada dos quatro secretários que decidiram sair do Ministério nesta quinta (21), Guedes explicou que o motivo se deu pela possibilidade de "furo" no teto de gastos.
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"Resultado: virou guerra, todo mundo brigando com todo mundo, querendo sair. Os mais jovens [secretários que se demitiram] que dizem: 'a linha é aqui, não pode furar o teto'", complementou.
O ministro apoiou o presidente na decisão de aumentar o valor do auxílio à família carentes, hoje conhecido como Bolsa Família. "Acredito que o presidente quer as reformas e é popular. Eu não acho que o presidente é populista. Se fosse populista, ele tinha pedido R$ 600, R$ 700 lá atrás."
Concluindo a fala, Guedes respondeu sobre as críticas à sua atuação à frente da Economia. "Vejo ex-ministro que levou a inflação para 5000% falando de responsabilidade fiscal. Gente que deu aumento três anos seguidos antecipado, disparou a despesa, botou teto em cima e não fez reforma, saiu correndo, também criticando... A críticas construtivas, estou aberto. Críticas de quem passou por aqui e não fez nada?".
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