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Cotidiano

Bolsonaro diz que não tem culpa de nada na pandemia e a CPI foi para 'produzir ódio'

O texto do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), aponta Bolsonaro como um dos principais responsáveis pelo agravamento da pandemia e sugere que o presidente seja responsabilizado e investigado por nove crimes

20/10/2021 às 13:42  atualizado em 20/10/2021 às 13:44

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O presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a CPI da Covid nesta quarta-feira (20), em resposta ao relatório final da comissão.

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"Como seria bom se aquela CPI tivesse fazendo algo de produtivo para nosso Brasil. Tomaram tempo de nosso ministro da Saúde, de servidores, de pessoas humildes e de empresários."

"Nada produziram, a não ser o ódio e o rancor entre alguns de nós. Mas sabemos que não temos culpa de absolumente nada, fizemos a coisa certa desde o primeiro momento", disse o presidente. 

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O texto do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), aponta Bolsonaro como um dos principais responsáveis pelo agravamento da pandemia e sugere que o presidente seja responsabilizado e investigado por nove crimes.

Na lista, há crimes comuns, previstos no Código Penal; crimes de responsabilidade, previstos na Lei de Impeachment, e crimes contra a humanidade, previsto pelo Estatuto de Roma.

A fala de Bolsonaro ocorreu enquanto Renan lia o parecer da comissão de inquérito que será votado pelos senadores na semana que vem.

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Bolsonaro criticou a CPI durante evento em Russas, no Ceará, a 180 km da capital, Fortaleza. O presidente disse que a comissão "nada fez" de produtivo e que o colegiado gerou "ódio e rancor". Ele ainda se eximiu de culpa.

Enquanto Bolsonaro falava, apoiadores presentes ao evento proferiam xingamentos a Renan, algoz do governo na comissão. "A voz do povo é a voz de Deus", disse Bolsonaro depois de aguardar que as centenas de pessoas cessassem as críticas ao relator da comissão.

No evento, o presidente voltou a defender o tratamento precoce, comprovadamente ineficaz contra a Covid. "Defendi que os médicos brasileiros tivessem autonomia para receitar os remédios, uma decisão que pode ter salvado a vida de muitas pessoas", disse Bolsonaro.

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As falas de Bolsonaro foram durante o evento que lançou um edital de trecho da transposição do rio São Francisco.

Bolsonaro chegou a Russas de helicóptero. O avião que o levou de Brasília pousou em Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, próximo à divisa com o Ceará.

Em Russas, o presidente cumprimentou apoiadores nas ruas até chegar ao local do evento.

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Sem usar máscara de proteção contra a Covid, o presidente estava acompanhado no palco do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, e de deputados federais e estaduais aliados.

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