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Cotidiano
Áreas com cobertura de eucalipto representam 80,2% das florestas
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Compradores precisarão comprovar que seus produtos não são provenientes de regiões desmatadas ilegalmente no Brasil | Agência Brasil
A área estimada de florestas plantadas no Brasil totalizou, em 2020, 9,3 milhões de hectares, dos quais 70,6% concentrados nas regiões Sul e Sudeste. As áreas com cobertura de eucalipto corresponderam a 80,2% das florestas plantadas para fins comerciais no país. Enquanto 44,3% das áreas de eucalipto concentraram-se na região Sudeste, na região Sul observou-se predominância de florestas de pinus, correspondentes a 84,6% do total.
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Os dados são da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs 2020), divulgada hoje (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2020, o estudo identificou registro de produção primária florestal em 4.868 municípios, que, juntos, somam R$ 23,6 bilhões em valor de produção, o que representou crescimento de 17,9% em relação a 2019. Esse resultado reflete a recuperação do setor, que, em 2019, recuou 2,7%, interrompendo uma série de três anos de crescimento.
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Segundo o IBGE, a silvicultura ampliou sua participação no valor da produção primária florestal (79,8%) frente ao extrativismo vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas), que passou a responder por 20,2% desse total. A participação dos produtos madeireiros segue preponderante no setor da silvicultura, representando 90,1% do valor da produção florestal.
CARVÃO VEGETAL.
Entre os produtos madeireiros da silvicultura houve crescimento do valor da produção em todos os grupos, sendo mais acentuado no carvão vegetal (37,8%). A madeira em tora aumentou 18,3%, com destaque para a madeira destinada à fabricação de papel e celulose que cresceu 25,6%. A lenha teve aumento de 6,3%.
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Enquanto os produtos madeireiros respondem pela quase totalidade do valor da produção da silvicultura, na extração vegetal esse grupo representa 60,3%, seguido pelos alimentícios (31,6), ceras (5,3%), oleaginosos (2,2%).
Segundo o levantamento, entre os produtos extrativos não madeireiros, o açaí, com R$ 694,3 milhões, e a erva-mate, com R$ 559,7 milhões, são os que mais geram valor de produção.
PRODUÇÃO NACIONAL.
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As regiões Sul e Sudeste concentram grande parte da produção florestal do país. Juntas, elas responderam por 69,6% do valor da produção nacional, impulsionadas, principalmente, pelo setor de florestas plantadas. Minas Gerais continua registrando o maior valor da produção para esse segmento, atingindo R$ 6 bilhões em 2020, o que significa 32,1% do valor da produção nacional da silvicultura, seguido pelo Paraná, com R$ 4,2 bilhões.
“Entre os municípios, Telêmaco Borba (PR) apresentou o maior valor da produção florestal primária em 2020, com R$ 568 milhões, assumindo a primeira posição no ranking nacional. Das 20 municipalidades do país com os maiores valores de produção florestal, 17 sobressaem na exploração de florestas plantadas, e as demais, no extrativismo. Cruz Machado (PR), além da silvicultura, destacou-se na extração de erva-mate, e Limoeiro do Ajuru (PA), além do extrativismo madeireiro, distinguiu-se na extração de açaí. Colniza (MT) foi destaque na extração da madeira em tora”, informou o IBGE.
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