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Cotidiano
O edital lançado na segunda-feira selecionará os integrantes da Cnic, a comissão é responsável pelas análises dos projetos que utilizam verbas da Lei Rouanet
05/10/2021 às 13:07 atualizado em 05/10/2021 às 13:08
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O secretário de Cultura, Mario Frias | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Secretaria da Cultura publicou em seu site, na segunda-feira (04), o edital que selecionará os integrantes da Cnic (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura), a comissão é responsável por sanar dúvidas e aprovar verbas pra projetos que utilizam a Lei Rouanet.
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Paralisada desde abril deste ano, quando o mandato dos seus antigos integrantes chegou ao fim, a Cnic não teve seu quadro de representantes renovado até hoje, uma vez que a secretaria não havia lançado novo edital de seleção.
O link para o edital não tinha nenhum destaque na home do site da Secretaria Especial da Cultura até a publicação desta reportagem.
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Com isso, importantes decisões acerca de projetos da Rouanet ficam centralizadas nas mãos do PM André Porciuncula, secretário de Fomento da pasta de Mario Frias.
Logo, a Cnic só deve voltar a funcionar de fato em 2022.
A publicação do edital veio acompanhada de uma portaria que confirma a validade das decisões tomadas por Porciuncula referentes à Cnic de novembro de 2019 até hoje.
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A Cnic é um dos principais mecanismos para garantir a transparência da maior lei de fomento às artes do país, que distribuiu R$ 1,4 bilhão no ano passado. A comissão funciona como uma consultoria especializada oferecida de graça para o governo, já que os conselheiros, membros da sociedade civil com décadas de atuação em suas áreas da cultura, não são remunerados.
A lentidão na Lei Rouanet atingiu pico no governo Bolsonaro, mesmo com mais dinheiro. A morosidade pode ser dissecada em números. Entre janeiro e agosto, a secretaria analisou 45% menos propostas em comparação a igual período do ano passado. A queda mais acentuada ocorreu no último trimestre, quando 131 análises foram realizadas, uma baixa de 78,5% ante o trimestre anterior. Dessa forma, uma proposta leva em média cinco meses para ser aprovada, três meses a mais do que no ano passado –uma lentidão inédita dentro da própria gestão Bolsonaro.
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