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Cotidiano
Eduardo Gomes da Silva participou de live com Bolsonaro e fez diversos ataques ao sistema eleitoral sem apresentar provas
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Coronel da reserva Eduardo Gomes da Silva durante live ao lado do presidente Jair Bolsonaro | /Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta terça-feira (17) o coronel da reserva Eduardo Gomes da Silva para a Secretaria Especial de Modernização do Estado (Seme). Eduardo esteve com o presidente em live e proferiu ataques ao sistema de votos do país. Segundo apurações, o militar não apresentou provas e disse mentiras.
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O coronel está integrado ao Palácio do Planalto desde 2020 quando foi nomeado secretário especial adjunto da Secretaria Especial de Relações Institucionais. Depois virou assessor especial no gabinete do ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral) com quem tem laços estreitos.
No dia 29 de julho, Bolsonaro fez uma live para apresentar o que chamava de provas contra as urnas eletrônicas, mas, ao lado de Eduardo, apresentou apenas teorias já desmentidas e que circulam há anos na internet. No episódio, o presidente chamou o coronel de “analista de inteligência” e este por sua vez explicou alguns dos vídeos exibidos.
O objetivo da live era mandar uma mensagem de que é possível fraudar o código-fonte das urnas. Muito antes do ocorridos, reportagens e o próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já haviam desmentido a possibilidade e que as imagens que circulam nas redes não trazem indícios de irregularidades.
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Ainda durante a live, a corte eleitoral desmentiu os relatos em tempo real e compilou uma série de links rebatendo 18 alegações apresentadas pelo mandatário. O ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, aproveitou também para incluir Bolsonaro como investigado no inquérito das fake news por profusão de mentiras sobre o sistema eletrônico de votação.
O motivo das conspirações contra as urnas é o desejo pelo voto impresso, uma das principais bandeiras do bolsonarismo hoje. O presidente tem insistido na mudança, mesmo após a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) sobre o voto impresso ter sido derrotada no plenário da Câmara dos Deputados na semana passada.
Dois dias depois de a proposta ter sido votada e derrotada no Congresso, o TSE anunciou pacote de medidas para ampliar a transparência da urna eletrônica.
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O tribunal criou uma comissão externa de transparência composta por universidades, entidades da sociedade civil e diversos órgãos públicos, entre eles as Forças Armadas e a Polícia Federal.
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