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Cotidiano

CPI sugere incriminar Bolsonaro por charlatanismo e curandeirismo

Renan Calheiros afirmou que depoimento desta quarta deixou evidente os crimes cometidos

Gustavo Cavalcante

11/08/2021 às 17:09

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Presidente pode ser indiciado por prática de charlatanismo, curandeirismo e propaganda enganosa

Presidente pode ser indiciado por prática de charlatanismo, curandeirismo e propaganda enganosa | /MARCELO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Após depoimento de um fabricante de ivermectina nesta quarta-feira (11) prestado à CPI da Covid-19, os senadores devem sugerir indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por crimes cometidos durante a pandemia. Entre os crimes estão o de curandeirismo, charlatanismo e de publicidade enganosa.

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Caso seja acatada a denúncia, a pena máxima é superior a 18 anos de prisão, como consta no relatório criado pela casa em que evidencia todos os crimes e as referentes penas. Após o fim de debate interno, a CPI deverá encaminhar o documento ao MPF (Ministério Público Federal).

De acordo com o senador Renan Calheiros, logo na primeira parte do depoimento do diretor da farmacêutica Vitamedic, Jailton Barbosa, ficou claro que a empresa patrocinou e idealizou a publicidade do tratamento precoce e do "kit Covid" - onde era incluso o medicamento ivermectina que não tem efeito contra o coronavírus.

Durante a comissão, a equipe do senador ainda mostrou sete vídeos em que Jair Bolsonaro aparece defendendo o medicamento - através de lives, discursos e em conversas com apoiadores.

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O enquadramento do presidente da República nos artigos do Código Penal não o exclui de um possível apontamento em que o próprio seja responsabilizado por causa do remédio ineficaz contra a Covid.

Tratamento Precoce

Apesar de apontado como um medicamento sem efeito comprovado, a ivermectina rendeu bastante lucro aos fabricantes. As vendas saltaram para 1.105% e empresas, como a própria Vitamedic, financiaram propagandas e manifestos em defesa do chamado tratamento precoce.

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Os produtores chegaram a destinar R$717mil para a organização "Médicos pela Vida" como publicidade, a fim de que médicos defendessem o tratamento sem eficácia comprovada.

Durante o depoimento, Jailton Barbosa chegou a reconhecer um estudo publicado pela desenvolvedora americana do medicamento, Merck, em que é atestado a ineficácia da ivermectina para o tratamento da Covid-19.

Os senadores presentes afirmaram que a conduta das empresas fabricantes é antiética e que só buscaram o próprio lucro em cima de tantas vidas perdidas.

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