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Cotidiano
No fim do dia, Lula tuitou sobre o superpedido de impeachment
04/07/2021 às 11:15
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). | Reprodução/Redes Sociais
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quebrou o silêncio e afirmou que, se as denúncias de irregularidades na compra de vacinas pelo governo forem verdade, a CPI da Covid pode pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) a interdição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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"Se for verdade as denúncias de corrupção na compra das vacinas, se for verdade as denúncias do gabinete paralelo, se for verdade todas as coisas que tão falando contra o governo e contra ministros do governo, eu acho que a CPI pode pedir à Suprema Corte a interdição do Bolsonaro ou pode, com base no relatório da CPI, [lançar] mais um pedido de impeachment", disse o petista ao jornal O Liberal, do Pará, em entrevista publicada neste sábado (3).
Desde que a comissão avançou sobre suspeitas de corrupção no governo Bolsonaro, Lula, principal adversário do presidente na eleição de 2022, vinha se mantendo em silêncio em suas redes sociais sobre o caso Covaxin ou o relato de pedido de propina revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. O fato tem sido explorado por adversários do petista.
Nas redes, o silêncio de Lula foi questionado pelo também presidenciável Ciro Gomes (PDT) e por políticos que defendem a chamada terceira via, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP). O movimento cresceu na quarta-feira (30), quando a hashtag "Lula sumiu" alcançou o ranking de assuntos mais comentados no Twitter.
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Naquele dia foi protocolado o superpedido de impeachment de Bolsonaro, que reúne setores da esquerda e da direita. A falta de manifestação de Lula foi lida por políticos como parte da estratégia do petista de, em vez de apoiar a remoção do presidente, trabalhar para desgastá-lo até 2022 e vencê-lo nas urnas, como indicam as pesquisas atuais.
No fim do dia, Lula tuitou sobre o superpedido de impeachment, mas ainda mantinha o silêncio sobre as suspeitas de corrupção.
"Parabenizo as forças de oposição ao Bolsonaro e os movimentos sociais que conseguiram unificar os mais de 120 pedidos de impeachment pra pressionar o [presidente da Câmara, Arthur] Lira. Espero que as manifestações de rua convençam o presidente da Câmara a colocar em votação", publicou o ex-presidente.
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A publicação da fala ocorre no mesmo dia em que manifestantes vão às ruas em ao menos 25 capitais pelo impeachment de Bolsonaro.
Por volta das 17h, estavam em andamento ou já haviam terminado manifestações em Brasília, Belém, Porto Velho, Boa Vista, Recife, Maceió, São Luís, Salvador, Fortaleza, Natal, Aracaju, Teresina, João Pessoa, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Goiânia, Cuiabá, Campo Grande, Manaus e Palmas.
Cidades do interior de São Paulo, do Paraná e do Ceará também registraram atos.
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