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Cotidiano

Bolsonaro ignora denúncia de propina e chama membros da CPI de 'bandidos'

Bolsonaro agradeceu a 'amigos do Poder Legislativo', em um aceno ao Congresso no dia em que superpedido de impeachment é entregue à Câmara

Bruno Hoffmann

30/06/2021 às 14:44  atualizado em 30/06/2021 às 15:01

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Presidente Bolsonaro em Ponta Porã

Presidente Bolsonaro em Ponta Porã | Reprodução/TV Brasil

O presidente Jair Bolsonaro ignorou, em visita a Ponta Porã (MS) nesta quarta-feira, o a denúncia de oferta de propina na compra da Covaxin, revelado um dia antes pelo jornal "Folha de S.Paulo", e afirmou que mentiras não vão tirá-lo do Palácio do Planalto. Ele também se referiu a membros da CPI da Covid do Senado de "bandidos".

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"Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui. Temos uma missão pela frente: conduzir o destino da nossa nação e zelar pelo bem-estar e pelo progresso do nosso povo", disse em discurso de improviso.

Na rápida fala, Bolsonaro agradeceu a parceria aos que chamou de "amigos do Poder Legislativo", em um aceno ao Congresso no dia em que um superpedido de impeachment contra ele é entregue à Câmara.

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O representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista à "Folha" que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.

Roberto Dias foi exonerado do cargo. A demissão foi publicada no "Diário Oficial da União" desta quarta.
Em Ponta Porã, Bolsonaro participou da inauguração da Estação Radar de Ponta Porã, com capacidade de detectar aeronaves com precisão a longas distâncias pela Força Aérea Brasileira (FAB).

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Este é o terceiro equipamento implantado na região de fronteira do estado. Bolsonaro acionou o radar e participou de uma interceptação simulada com um caça da FAB.

Logo que Bolsonaro chegou à inauguração, a segurança dele liberou o espaço para que apoiadores entrassem no local. Houve registros de aglomerações e muitos não usavam máscaras. Além da inauguração, o presidente deve participar de um almoço no Sindicato Rural de Ponta Porã.

Bolsonaro desembarcou na cidade por volta de 12h30. Ele cumprimentou e tirou fotos com apoiadores que o aguardavam na saída do aeroporto da cidade. O presidente e sua equipe não usavam máscara de proteção contra a Covid-19.

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A comitiva do presidente incluía a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni (DEM), e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno. O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), e outras autoridadeS estaduais também acompanharam o evento.

Azambuja foi vaiado por apoiadores do presidente. Em discurso, ele agradeceu a Bolsonaro por direcionar doses de vacina para 13 municípios da região da fronteira do estado.

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