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Cotidiano

Evangélicos estão convencendo índios a recusarem vacina alegando ser 'a marca da besta'

Os relatos são confirmados por Milena Kokama, 63, vice-presidente da Federação Indígena do Povo Kokama

27/06/2021 às 10:44

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População residente em área indígena e quilombola supera 2,2 milhões, aponta levantamento

População residente em área indígena e quilombola supera 2,2 milhões, aponta levantamento | Reprodução/Internet

Missionários evangélicos têm espalhado mentiras sobre a vacina contra a covid-19 em aldeias na região Norte do Brasil, segundo requerimento entregue à CPI da Covid ao qual o UOL teve acesso. De acordo com algumas dessas mentiras, a vacina já vem contaminada da China em um plano "diabólico": usar o imunizante para marcar indígenas com o número da Besta, o 666 citado no livro bíblico do Apocalipse.

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Ao todo, 54.438 foram infectados e 1.072 morreram de covid-19 desde o início da pandemia entre os cerca de 1,3 milhão de indígenas brasileiros, nas contas do Comitê Nacional da Vida e Memória Indígena, formado por lideranças e especialistas em saúde para conter os danos causados pela pandemia sobre esses povos. O Ministério da Saúde fala em 673 mortes.

No entorno de Santo Antônio do Içá, no Alto Solimões, no Amazonas, religiosos espalham mentiras entre integrantes do povo kokama, segundo o requerimento. Dizem "que o imunizante os transformaria em animais, homossexuais ou os mataria" e que "neles seria implantado um chip que carregaria a 'marca da Besta'".

Os relatos são confirmados por Milena Kokama, 63, vice-presidente da Federação Indígena do Povo Kokama. Ao UOL, ela descreve a estratégia usada "em todo o estado do Amazonas".

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*Do UOL, da coluna VIVABEM, porWanderley Preite Sobrinho

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