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Incoerências no currículo de Carlos Alberto Decotelli foram reveladas nos últimos dias e teriam sido a gota d'água | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Nesta semana o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu o professor Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da Educação. Para analistas, a escolha de Decotelli representa um enfraquecimento da ala ideológica olavista do governo e vitória do grupo moderado militar.
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O novo ministro é evangélico, oficial da reserva da Marinha e é formado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e ex-presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Ele tem o apoio na ala militar do governo, principalmente de almirantes, e é o primeiro negro a integrar a equipe de ministros do governo. O seu principal padrinho é o Almirante Rocha, um dos assessores mais próximos de Bolsonaro.
Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Decotelli diz ser um técnico aberto ao diálogo.
Sua visão de educação é a de que falta boa gestão para que os sistemas funcionem de maneira adequada, ideia compartilhada por alguns economistas, mas que não é consenso entre educadores que acreditam que é preciso focar na aprendizagem.
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O novo titular da Pasta é visto como profissional pragmático e distante do pensamento ideológico que dominou o MEC desde o início do governo Bolsonaro, bem diferente de seu antecessor Abraham Weintraub, que deixou o governo cercado por polêmicas e após confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso.
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A escolha de Decotelli para um dos mais importantes ministério ocorre no momento em que Bolsonaro está acuado e na defensiva em meio ao avanço de investigações contra ele no Supremo e possíveis processos no Congresso.
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Preocupado com ameaças ao seu mandato, agora o presidente prioriza os conselhos da ala militar. Com a chegada de Decotelli, o governo espera melhorar o diálogo com o Congresso.
DEMISSÃO E ASCENSÃO.
A demissão de Weintraub e a ascensão de Decotelli tiveram a influência direta da ala militar do governo, que tem tido contatos com ministros do Supremo Tribunal Federal e com as cúpulas do Senado e da Câmara dos Deputados.
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Bolsonaro vinha sendo pressionado a demitir o ex-ministro como um gesto de trégua a magistrados Supremo Tribunal Federal, a quem Weintraub chamou de “vagabundos” em reunião ministerial. No dia 14, um domingo, a situação se agravou após o ministro participar de um ato ao lado de bolsonaristas e repetir a ofensa.
O argumento dos que defendiam a demissão era de que Weintraub se tornou um gerador de crises desnecessárias justamente quando o presidente, pressionado por pedidos de impeachment, inquérito e ações que podem levar à cassação do mandato, tenta diminuir a tensão na Praça dos Três Poderes.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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