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Automotor
Moto começou nos Estados Unidos, como Intruder 700 e 1400, mas no Brasil foi chamada 'Suzukinha' Intruder 125
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Apesar de a Suzuki ser oriental, a Intruder deu início a sua jornada nos Estados Unidos | Divulgação
A Intruder foi a denominação de uma série de motocicletas cruiser produzidas pela Suzuki de 1985 a 2005, embora o nome ainda continue sendo utilizado em alguns modelos na Europa.
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Todas as motos com o "carimbo" "Intruder" tiveram ou têm motores GV-Twin de quatro tempos. Depois de 2005, a Intruder foi substituída pela Boulevard na marca japonesa.
Apesar de a Suzuki ser oriental, a Intruder deu início a sua jornada nos Estados Unidos, com as Intruder 700 e 1400.
A de menos cilindradas foi idealizada para ser pequena o suficiente para escapar da tarifa de 45% nos Estados Unidos para motos importadas, enquanto a de 1400 cc veio para brigar com a Harley-Davidon Evolution 1340 e a Vulcan 1500 da Kawasaki.
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Ao mercado brasileiro, coube a chamada "Suzukinha" Intruder 125, comercializada no país de 2002 a 2016 com enorme sucesso, principalmente como moto dos Correios quem nunca viu o modelo todo amarelinho, inclusive com a grande caixa de carga disposta sobre a parte do carona também amarela?
A Intruder comercializada no Brasil tinha um motor de 125 cilindradas, quatro tempos e cárter seco, com 12 cavalos de potência a nove mil rotações por minuto, 0,98 kgfm de torque a 7 mil giros, partida elétrica, câmbio de 5 marchas e sistema de transmissão por corrente.
A moto contava no início com 1,94 metro de comprimento, 81,5 centímetros de largura, 1,11 metro de altura, 1,28 metro de entre-eixos e 17,5 centímetros de altura em relação ao solo, com a altura do banco a 73,5 centímetros.
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Os freios tinham disco na frente e tambor atrás, com 113 quilos de peso (sem o piloto) e tanque de combustível de 10,3 litros. Em um dos melhores anos de vendas, a Intruder 125 teve 6,8 mil unidades emplacadas, em 2012.
Lançada em 2002, a Intruder 125 foi a menor motocicleta street da Suzuki no Brasil e a mais acessível. A marca japonesa ainda trouxe para o mercado brasileiro os modelos de 250, 800 e 1.400 cilindradas, mas apenas a 125 teve sucesso.
Mais fracas que suas principais concorrentes a Honda CG 125 e a Yamaha YBR 125 , a moto da Suzuki se destacava pelo seu belo visual, inspirado em modelos estradeiros de maior porte da fabricante oriental.
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Na comparação com suas rivais, a Intruder 125 chegava à final de 110 km/h, ante 120 km/h da CG 125 e 115 km/h da YBR 125. Na potência, a Intruder e a CG empatavam, com 12,5 cavalos, enquanto que na YBR era de 11,2 cavalos.
No consumo médio urbano, a moto da Yamaha ficava atrás, com 35 km/l para um tanque de 13 litros, a Intruder vinha na segunda posição, com 36,7 km/l e a CG precursora das atuais CG 160 fazia 40 quilômetros com um litro de gasolina, com tanque de 13,5 litros.
Para tentar conquistar os brasileiros e "roubar" uma fatia de mercado da concorrência, o marketing da Suzuki entrou em ação com tudo.
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Mesmo antes da estreia da Intruder 125 por aqui e também para justificar o nome ligado a célebres modelos estradeiros e de maior porte da marca japonesa , a Suzuki alardeou que sua 125 se tratava de uma moto custom, pelo estilo mais clássico e conforto com a agilidade de uma street. E parece que "colou"!
O conjunto mecânico da Intruder 125 nacional incluía sistemas de lubrificação com cárter seco, ignição eletrônica CDI e partida elétrica, com transmissão de 5 marchas com embreagem multidisco banhada a óleo.
O chassi era do tipo Diamond, com suspensão dianteira com garfo telescópico e traseira com balança articulada.
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O primeiro pacote oferecido para os brasileiros custava em torno de R$ 4,5 mil e tinha as sóbrias cores azul, preto e vermelho. De cara, o modelo não agradou, porque os motociclistas achavam seu estilo mais ligado ao "velho" do que ao clássico.
A maré começou a mudar pra valer a favor da Intruder 125 quando o mercado brasileiro teve um grande crescimento a partir de 2007, ao lado das primeiras grandes alterações no próprio modelo da motocicleta da Suzuki, que começavam a levá-lo para os lados dos Correios.
Com isso, a Intruder 125 ganhou aprimoramentos no conjunto mecânico para deixá-la mais potente com um cavalo a mais e eficiente, com opções de cores mais atraentes.
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Vieram novas borboletas e calibragem do carburador e introdução do sistema de redução na emissão de poluentes, passando a "Suzukinha" para 11,5 cavalos e o torque finalmente superando um quilo, mais precisamente, 1,19 kgfm a 8 mil giros.
Na prática, a moto ficou com uma ciclística melhor, mais dócil de ser pilotada, com retomadas de velocidades mais vigorosas e uma leve redução no consumo de combustível.
Em 2012, a Intruder 125 recebeu outras mudanças mecânicas para se adaptar ao Promot 3 Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Similares , que estabelecia normas mais rigorosas quanto aos níveis de poluição emitidos por esses veículos.
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Ela ganhou ainda um novo carburador Mikuni BS25 com TPS (sensor de posição da borboleta) e sistema de escape com catalisador, reduzindo novamente a potência e o torque. A Suzuki Intruder 125 foi descontinuada em maio de 2017.
Foi substituída no Brasil pela Chopper Road 150, uma versão mais moderna e uma evolução da famosa moto dos Correios, feita a partir de uma parceria da Suzuki com a chinesa Haojue.
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