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Pesquisa garante: mulheres dirigem melhor que homens

Levantamento de seguradora mostra que elas adotam melhores hábitos ao volante

Adriano Assis

07/03/2025 às 16:26  atualizado em 07/03/2025 às 16:40

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Apenas 8,99% dos acidentes em Brasília, em 2024, envolviam motoristas do gênero feminino, segundo Detran-DF

Apenas 8,99% dos acidentes em Brasília, em 2024, envolviam motoristas do gênero feminino, segundo Detran-DF | Divulgação

Apesar dos preconceitos e piadas antigas, a realidade mostra que as mulheres dirigem melhor do que os homens. Foi o que descobriu levantamento da Justos, seguradora automotiva. E a adoção de boas práticas no trânsito tem tudo a ver com isso.

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O estudo da empresa busca responder porque as motoristas se envolvem menos em acidente. Números do Detran-DF, do ano passado, apontava que das ocorrências fatais na capital brasileira, 87,33% tinham homens atrás do volante, enquanto apenas 8,99% envolviam motoristas do gênero feminino.

"Queríamos investigar mais a fundo a questão para entender como é o comportamento feminino no trânsito e identificar os hábitos que fazem delas motoristas mais prudentes. O que encontramos reforça algo que estudos já apontam há tempos: a direção das mulheres tende a ser mais cautelosa, com menos tomadas de risco desnecessárias", explica Dhaval Chadha, CEO e cofundador da Justos.

Das 324 motoristas que participaram do levantamento, 77% evitam o uso do celular ao dirigir. Ainda, 37% afirmam que nunca usam, e outras 42%, disseram que só raramente, em caso de uma emergência.

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Isso faz diferença. O uso do celular ao volante é o maior causador de acidentes do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Boas maneiras

Além dessa medida de segurança, outros bons hábitos cultivados por muitas mulheres são prestar atenção constantemente à sinalização e aos pedestres (87%), evitar ultrapassagens arriscadas (80%) e garantir que todos estejam usando o cinto de segurança (76%). 

O último item pode parecer óbvio, mas de acordo com Arteris, que administra o trecho entre São Paulo e Curitiba (PR) da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), cresceu em 29%, em 2024, o número de vítimas leves de acidentes que não utilizavam cinto de segurança.

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"Garantir que os passageiros estejam com o cinto de segurança, respeitar a sinalização, preocupar-se com os pedestres e evitar ultrapassagens arriscadas são hábitos que fazem uma grande diferença na redução de acidentes. Precisamos valorizar comportamentos assim", afirma Dhaval. 

Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o uso do cinto reduz em até 60% o risco de morte e de ferimentos graves para passageiros nos bancos da frente e em até 44% para ocupantes dos bancos de trás de veículos envolvidos em sinistros de trânsito.

Vítimas de preconceito

Ainda que os números apontam para esta realidade, 32% das entrevistadas disseram que já enfrentaram algumas vezes preconceitos ou comentários negativos por estarem ao volante. Outras 23% alegam que as falas depreciativas são frequentes. 

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"O fato de tantas mulheres ainda enfrentarem comentários preconceituosos ao volante mostra como estereótipos ultrapassados continuam enraizados na sociedade. Esses julgamentos não têm base em dados e acabam ofuscando uma realidade muito clara: a prudência feminina no trânsito contribui diretamente para a segurança de todos", analisa o CEO.

O que evitar ao volante?

Elas também sabem quais são os principais fatores de riscos de acidentes: consumo de álcool ou drogas antes de dirigir (83%), seguido de excesso de velocidade (79%) e de comportamento agressivo do motorista (77%). 

Na sequência, segundo as entrevistadas, vêm falta de atenção (76%), uso do celular ao volante (73%), más condições das vias (64%) e dirigir com sono ou fadiga (60%).

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Os números podem ajudar campanhas educativas a focar na direção defensiva e boas práticas para diminuir a violência no trânsito.

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