Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Apenas 8,99% dos acidentes em Brasília, em 2024, envolviam motoristas do gênero feminino, segundo Detran-DF | Divulgação
Apesar dos preconceitos e piadas antigas, a realidade mostra que as mulheres dirigem melhor do que os homens. Foi o que descobriu levantamento da Justos, seguradora automotiva. E a adoção de boas práticas no trânsito tem tudo a ver com isso.
Continua depois da publicidade
O estudo da empresa busca responder porque as motoristas se envolvem menos em acidente. Números do Detran-DF, do ano passado, apontava que das ocorrências fatais na capital brasileira, 87,33% tinham homens atrás do volante, enquanto apenas 8,99% envolviam motoristas do gênero feminino.
"Queríamos investigar mais a fundo a questão para entender como é o comportamento feminino no trânsito e identificar os hábitos que fazem delas motoristas mais prudentes. O que encontramos reforça algo que estudos já apontam há tempos: a direção das mulheres tende a ser mais cautelosa, com menos tomadas de risco desnecessárias", explica Dhaval Chadha, CEO e cofundador da Justos.
Das 324 motoristas que participaram do levantamento, 77% evitam o uso do celular ao dirigir. Ainda, 37% afirmam que nunca usam, e outras 42%, disseram que só raramente, em caso de uma emergência.
Continua depois da publicidade
Isso faz diferença. O uso do celular ao volante é o maior causador de acidentes do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além dessa medida de segurança, outros bons hábitos cultivados por muitas mulheres são prestar atenção constantemente à sinalização e aos pedestres (87%), evitar ultrapassagens arriscadas (80%) e garantir que todos estejam usando o cinto de segurança (76%).
O último item pode parecer óbvio, mas de acordo com Arteris, que administra o trecho entre São Paulo e Curitiba (PR) da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), cresceu em 29%, em 2024, o número de vítimas leves de acidentes que não utilizavam cinto de segurança.
Continua depois da publicidade
"Garantir que os passageiros estejam com o cinto de segurança, respeitar a sinalização, preocupar-se com os pedestres e evitar ultrapassagens arriscadas são hábitos que fazem uma grande diferença na redução de acidentes. Precisamos valorizar comportamentos assim", afirma Dhaval.
Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o uso do cinto reduz em até 60% o risco de morte e de ferimentos graves para passageiros nos bancos da frente e em até 44% para ocupantes dos bancos de trás de veículos envolvidos em sinistros de trânsito.
Ainda que os números apontam para esta realidade, 32% das entrevistadas disseram que já enfrentaram algumas vezes preconceitos ou comentários negativos por estarem ao volante. Outras 23% alegam que as falas depreciativas são frequentes.
Continua depois da publicidade
"O fato de tantas mulheres ainda enfrentarem comentários preconceituosos ao volante mostra como estereótipos ultrapassados continuam enraizados na sociedade. Esses julgamentos não têm base em dados e acabam ofuscando uma realidade muito clara: a prudência feminina no trânsito contribui diretamente para a segurança de todos", analisa o CEO.
Elas também sabem quais são os principais fatores de riscos de acidentes: consumo de álcool ou drogas antes de dirigir (83%), seguido de excesso de velocidade (79%) e de comportamento agressivo do motorista (77%).
Na sequência, segundo as entrevistadas, vêm falta de atenção (76%), uso do celular ao volante (73%), más condições das vias (64%) e dirigir com sono ou fadiga (60%).
Continua depois da publicidade
Os números podem ajudar campanhas educativas a focar na direção defensiva e boas práticas para diminuir a violência no trânsito.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade