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Overland T270: a versão intermediária do Jeep Commander

Versão Overland T270 é a mais equipada com motor flex do Jeep Commander, que lidera as vendas nacionais no segmento de utilitários esportivos de sete lugares

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O Jeep Commander Overland T270 é oferecido por preços que partem de R$ 251.990

O Jeep Commander Overland T270 é oferecido por preços que partem de R$ 251.990 | Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Em setembro do ano passado, a Jeep lançou seu terceiro modelo nacional, o utilitário esportivo de sete lugares Commander, desenvolvido e produzido na fábrica da marca localizada em Pernambuco. Seguindo a trilha de sucesso dos “colegas de vitrine” – o compacto Renegade e o médio Compass –, as vendas do Commander mantêm um crescimento acelerado desde o lançamento. Este ano, com as 8.185 unidades emplacadas de janeiro a maio, o modelo da Jeep assumiu a liderança isolada entre os SUV de sete lugares ao ultrapassar o Toyota SW4, que liderou o segmento nos últimos anos e somou 5.510 emplacamentos no mesmo período. Na linha Commander, as configurações turbodiesel TD380 4x4 são as mais caras e cobiçadas e as T270 flex com tração frontal são as mais acessíveis e as mais vendidas. As versões que rodam com gasolina ou etanol são equipadas com câmbio automático de 6 marchas e as diesel vêm com câmbio automático de 9 marchas. Em ambos os “powertrains”, são duas versões de acabamento – Limited e Overland. Assim, o Jeep Commander Overland T270 é uma configuração intermediária e a mais equipada com motor flex. É oferecido por preços que partem de R$ 251.990 – no Estado de São Paulo, onde as alíquotas de impostos são mais elevadas, partem de R$ 260.373.

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O Commander utiliza a mesma plataforma Small Wide do Compass. Visualmente integrados com a grade com as sete fendas tradicionais da Jeep, os faróis full-led do Commander contam com setas sequenciais e são emoldurados por barras prateadas com efeito de aço escovado que envolvem os faróis e também aparecem no para-choque para conectar as luzes diurnas de leds. A versão Overland T270 vem com rodas de liga leve de 19 polegadas com pneus 235/50. São seis opções de cores: a sólida Preto Carbon, as perolizadas bicolores Branco Polar e Slash Gold e as metálicas bicolores Prata Billet, Azul Jazz, Deep Brown e Cinza Granite (a do modelo testado). Não há acréscimo no preço relativo à cor e é possível incrementar o Commander nas concessionárias com acessórios Mopar – o engate para reboque integrado, por exemplo, sai por R$ 1.028,55.

A plataforma mais alongada do Commander permite levar até sete passageiros. São 661 litros de capacidade de bagagem com cinco pessoas e 233 litros com sete. Os bancos com costuras aparentes são revestidos em material sintético que simula couro com detalhes em suede (tecido semelhante à camurça). Na Overland, o logotipo “Jeep” vem gravado em baixo relevo no banco e no apoio de braço, que ostenta ainda o ano de fundação da marca – 1941. O Commander traz os “easter eggs” – grafismos típicos da marca norte-americana – espalhados no interior e exterior do veículo. Toda a linha Commander vem de série com abertura elétrica do porta-malas, sete airbags e sistemas de auxílio à direção, que incluem aviso de colisão frontal com frenagem de emergência com detecção de pedestres e ciclistas, piloto automático, reconhecimento de placas de trânsito e aviso de mudança de faixas. Em relação à variante Limited T270 – a mais básica do Commander, que parte de R$ 223.690 –, a Overland T270 acrescenta teto solar elétrico e panorâmico Command View, sistema de som Premium Harman-Kardon de 450W (nove alto-falantes mais subwoofer), abertura eletrônica do porta-malas com sensor de presença, banco elétrico para o passageiro frontal, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, bancos em couro na cor marrom, painel frontal em suede com acabamento cromado, rebatimento automático dos retrovisores e ar-condicionado dual zone, além das rodas de liga leve serem de 19 polegadas – na Limited, são de 18 polegadas.

O motor 1.3 T270 já é utilizado na Fiat Toro e no Compass e tem 180 cavalos com gasolina e 185 cavalos com etanol, ambos a 5.700 rotações por minuto, e 27,5 kgfm (270 Nm, daí o nome) de torque a partir de 1.750 giros. O modo de condução “Sport” habilita trocas de marchas mais rápidas e em rotações mais altas. O modelo conta ainda com o Traction Control +, sistema que atua em pisos de baixa aderência. A função start-stop desliga o motor para economizar combustível. De acordo com a Jeep, nessa configuração, o Commander acelera de zero a 100 km/h em 9,9 segundos e pode chegar a 202 km/h com etanol.

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A versão Overland T270 vem com rodas de liga leve de 19 polegadas com pneus 235/50
A versão Overland T270 vem com rodas de liga leve de 19 polegadas com pneus 235/50  (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

Experiência a bordo
Percepção de amplitude

No interior do Jeep Commander Overland T270, um dos destaques visuais é o cluster full-digital personalizável de 10,25 polegadas, que forma um conjunto imponente com a generosa central multimídia com tela “touchscreen” de 10,1 polegadas full-HD, com navegação GPS embarcada e espelhamento para Apple CarPlay e Android Auto. Mas a operação poderia ser mais intuitiva. Há também suporte no multimídia para a Alexa, a assistente virtual da Amazon. O sistema de som Premium Harman-Kardon de 450W da versão, com nove alto-falantes e subwoofer, entrega uma performance sonora qualificada. O painel frontal almofadado revestido em suede com acabamento cromado confere um aspecto mais refinado que os plásticos duros predominantes na configuração Limited. O volante é ajustável em altura e profundidade e, na Overland, o banco do passageiro frontal também conta com ajustes elétricos.

A capacidade de levar sete pessoas no Commander é real, embora o acesso aos dois bancos da terceira fila demande elasticidade – por isso, são mais recomendáveis aos passageiros mais jovens. A segunda fileira de bancos oferece um deslocamento longitudinal de 14 centímetros, algo que facilita um pouco as coisas. O teto solar elétrico e panorâmico aumenta a sensação de espaço. Carregamento de smartphones sem a necessidade de fios, portas USB inclusive para as fileiras de trás e acesso ao porta-malas com abertura e fechamento elétricos são de série em todas as versões do Commander.  E os vários porta-trecos otimizam os espaços a bordo – há porta-copos até na terceira fileira.

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Os bancos com costuras aparentes são revestidos em material sintético que simula couro com detalhes em suede
Os bancos com costuras aparentes são revestidos em material sintético que simula couro com detalhes em suede (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

Impressões ao dirigir
Para as trilhas urbanas

O Commander Overland T270 tem a proposta de entregar um comportamento de um carro de passeio para sete passageiros, ostentando o charmoso aspecto aventureiro de um Jeep – mas sem investir tanto na capacidade off-road que se espera de um carro da marca. Visualmente, as diferenças em relação às versões com motor turbodiesel TD380 e tração 4x4 – dotadas de efetivas habilidades para trafegar em lameiros e areais – são imperceptíveis. Nas trilhas leves, mesmo com a tração apenas na dianteira, o vão livre elevado – são 20,8 centímetros em relação ao solo – e a suspensão que absorve com eficiência os eventuais desníveis dão conta dos obstáculos. As rodas grandes, de 19 polegadas, também ajudam. As versões com motor T270 contam ainda com o Traction Control +, sistema de tração que atua em pisos de baixa aderência com até três rodas fora do chão. Porém, não é recomendável levar um SUV desse porte e com tração frontal para trilhas mais radicais, especialmente se estiver com muita gente a bordo. Mesmo ostentando a marca “Jeep” no capô.

Os 27,5 kgfm do Commander com o motor T270 representam um torque de 28,5% menor em relação aos 38,5 kgfm das versões a diesel. No motor 1.3 turbo flex, as limitações aparecem especialmente com sete pessoas a bordo – se forem de porte mediano, representam meia tonelada. No uso cotidiano e em giros mais elevados, na cidade e nas estradas asfaltadas, o Commander flex mostra ter fôlego o suficiente. A força do motor bicombustível é bem gerenciada pelo câmbio automático de 6 velocidades, que entrega trocas suaves e conta com modo manual acionável por meio de “borboletas” no volante. Colocar no modo de condução “Sport” faz com que as trocas de marchas sejam mais rápidas e ocorram em rotações mais altas.

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Mesmo com sua altura elevada de 1,68 metro, o Commander pouco aderna nas curvas. A suspensão absorve com razoável eficiência os eventuais desníveis e a direção elétrica é precisa. A segurança é ampliada por sistemas como controle eletrônico de estabilidade, monitoramento de pressão de pneus, freios a disco nas quatro rodas e direção de torque dinâmico. O Sistema Avançado de Assistência ao Motorista colabora para evitar acidentes, embora os alertas sejam um tanto escandalosos. Se o motorista demora a frear com um carro parado à frente, uma mensagem visual e sonora alerta para parar imediatamente. E o piloto automático adaptativo corrige o carro quando detecta que está invadindo a faixa alheia sem acionar a seta.

O motor 1.3 T270 já é utilizado na Fiat Toro e no Compass e tem 180 cavalos com gasolina e 185 cavalos com etanol, ambos a 5.700 rotações por minuto, e 27,5 kgfm (270 Nm, daí o nome) de torque a partir de 1.750 giros
O motor 1.3 T270 já é utilizado na Fiat Toro e no Compass e tem 180 cavalos com gasolina e 185 cavalos com etanol, ambos a 5.700 rotações por minuto, e 27,5 kgfm de torque a partir de 1.750 giros (Luiza Kreitlon/AutoMotirx)

Ficha Técnica
Jeep Commander Overland T270

Motor: transversal dianteiro, turbo flex, quatro cilindros, 1.332 cm³
Potência: 180 cavalos (gasolina) / 185 cavalos (etanol) a 5.750 rpm
Torque: 27,5 kgfm (270 Nm) a 1.750 rpm
Taxa de compressão: 10,5:1
Transmissão: automática de 6 marchas
Tração: dianteira
Freios: ABS e EBD, dianteiro disco ventilado (305 milímetros) com pinça flutuante, traseiro disco sólido (320 milímetros) com pinça flutuante
Suspensão: dianteira tipo MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores com geometria triangular e barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos, molas helicoidais, traseira tipo MacPherson com rodas independentes, links transversais/laterais e barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos e pressurizados, molas helicoidais
Direção: elétrica com pinhão e cremalheira
Rodas e pneus: liga de alumínio 19 polegadas – 235/50 R19
Peso: 1.715 quilos
Dimensões: comprimento 4,77 metros, largura 1,86 metro, altura 1,68 metro, distância de entre-eixos 2,79 metros
Altura mínima em relação ao solo: 20,8 centímetros
Porta-malas: 661 litros (5 pessoas), 233 litros (7 pessoas), 1.760 litros (sem as duas fileiras traseiras)
Tanque: 61 litros
Preço: R$ 251.990 – no Estado de São Paulo, onde as alíquotas de impostos são mais elevadas, parte de R$ 260.373

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