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Chevrolet Joy 2020 | /Luiza Kreiton/AutoMotrix
Em setembro de 2019, a Chevrolet lançou o Onix Joy 2020, que passou a adotar a carroceria igual àquela que estreou na linha do hatch em julho de 2016. Semanas depois, com o lançamento da nova geração do Onix, essa única versão com carroceria de 2016 foi rebatizada apenas com o nome Joy e abandonou a nomenclatura original. Dentro das opções de configuração do Joy, o pacote de opcionais Black investe em dar um aspecto mais sofisticado ao hatch mais básico da Chevrolet. Para brigar entre os compactos mais baratos do Brasil, o Joy parte de R$ 50.150. Já a versão Black começa em R$ 50.890, ambas na cor metálica Preto Ouro Negro - a única que não encarece o preço do carro.
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Com a manutenção da carroceria antiga do Onix no Joy, a Chevrolet busca melhorar a relação custo/benefício para atender a quem procura um hatch razoavelmente equipado por um preço acessível - especialmente os frotistas, compradores de grandes volumes de carros e atualmente responsáveis pela maioria das vendas da marca. Em termos estéticos, o Joy não apresenta novidades expressivas. Capô, grade, faróis, lanternas e para-choques são exatamente os mesmos apresentados na linha Onix no "facelift" de 2016. Os equipamentos de série continuam iguais: ar-condicionado, alarme, direção elétrica, travas e acionamento dos vidros frontais elétricos.
A versão "top" do Joy é a opção de acabamento Black, que agrega somente itens decorativos: o indefectível logo "gravatinha" da Chevrolet vem em versão Bow Tie com fundo preto, a moldura da grade e as carenagens dos retrovisores externos são em preto brilhante, as luzes de posição diurna em led, as rodas aro 15 tem calotas escurecidas e as maçanetas pintadas na mesma cor da carroceria. O para-choque tem a mesma cor do veículo e o farol vem com máscara negra com detalhes cromados. Por dentro, o Joy em versão Black apresenta acabamento do tablier e dos bancos em tons de preto e cinza e volante com moldura em preto. Longe de ser uma inovação, o estilo da versão Black do Joy é uma releitura simplificada da configuração Black Bow Tie, disponível para o sedã médio Cruze e do hatch Cruze Sport6.
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Toda linha Joy vem com direção elétrica progressiva, ar-condicionado, velocímetro digital e desembaçador elétrico temporizado do vidro traseiro. O painel de instrumentos vem com conta-giros, hodômetro parcial e marcador de nível de óleo. Já equipamentos como o sistema multimídia, o ajuste elétrico dos retrovisores externos ou os vidros traseiros com acionamento elétrico, são ofertados como acessórios.
O hatch de entrada da Chevrolet é movido pelo já conhecido motor 1.0 flex de quatro cilindros com 80 cavalos de potência a 6.400 e torque de 9,8 kgfm a partir de 5.200 rpm quando abastecido com etanol - que, na nova geração do Onix, foi substituído pelo 1.0 aspirado flex de três cilindros com 82 cavalos a 6.400 e 10,6 kgm de torque a 4.100 rpm, também com etanol. No Joy, a transmissão manual de 6 marchas tem indicador de troca para tentar melhorar a eficiência do motorista. Apesar do trem de força "veterano", o Joy nem se sai assim tão mal nos testes de consumo. De acordo com o Inmetro, o Joy roda 15,2 km/l na estrada e 12,8 km/l na cidade com gasolina. Com etanol, as médias são 10,5 km/l e 8,7 km/l, respectivamente.
Para quem não aprecia a cor metálica Preto Ouro Negro, há outras cinco opções para o Joy, todas cobradas à parte: Branco Summit (acrescenta R$ 700) e Prata Switchblade, Vermelho Chili, Cinza Graphite e Azul Blue Eyes (mais R$ 1.590). Na versão avaliada, na cor Branco Summit e com os opcionais que incluem multimídia com espelhamento para smartphone, Bluetooth, TV, DVD e GPS (R$ 2.194), sensor de estacionamento dianteiro (R$ 687), alerta de ponto cego (R$ 688,64) e vidros traseiros elétricos (R$ 1.681,15), o preço já beira os R$ 57 mil. Com R$ 50.900 dá para comprar o Onix mecânico da nova geração, com design atualizado, motor aspirado de três cilindros com 82 cavalos, câmbio manual de 5 velocidades e seis airbags de série, entre outros itens de modernidade e segurança incorporados ao hatch. E com R$ 58.090, já é possível levar o novo Onix na versão Turbo automática, com um propulsor 1.0 tricilíndrico de 116 cavalos e 16,8 kgfm de torque acoplado à caixa automática de 6 velocidades.
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Não faz feio
Olhar os dados da ficha técnica do Joy e verificar que o torque máximo de 9,8 kgfm (com etanol) só se apresenta em elevados 5.200 giros não permite imaginar um desempenho muito emocionante ou esportivo. Apesar de, na teoria, os números parecerem pouco entusiásticos, o modelo se mostra eficiente - boa parte do torque está disponível já a partir dos dois mil giros. Nas subidas mais íngremes ou quando é necessário ganhar velocidade rapidamente para uma ultrapassagem, é preciso superar qualquer eventual preguiça para acionar manualmente as marchas e obter o melhor desempenho possível. Uma vantagem é que o câmbio manual do Joy permite trocas suaves e precisas, facilitando a utilização no trânsito cotidiano. Outra é que a embreagem é macia e torna o trabalho pouco cansativo.
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Nas viagens, o hatch acelera rápido o suficiente para ganhar velocidade e entrar em uma via expressa, mesmo com quatro pessoas a bordo - bastando reduzir as marchas para arrancar a força desejada do motor. Até atingir uma velocidade de cruzeiro em torno dos 100 km/h, saber engatar as marchas corretamente é importante para mover o carro com destreza.
Depois, com a velocidade estabilizada e em sexta marcha, o Joy desenvolve bem e mantém o ritmo sem dar sinais de esmorecer.
A direção elétrica é bem calibrada. Além de transmitir vibrações mínimas ao volante, é leve em baixas rotações e firme em altas velocidades - poderia até ser um pouco mais firme acima dos 100 km/h.
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A suspensão é rígida e conta com um ajuste que permite um comportamento dinâmico honesto nas curvas acentuadas.
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