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Automotor
Com o motor 1.3 turboflex TCe, o Renault Captur Iconic entrega a performance que o estilo sugere
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Captur Iconic é oferecido em seis cores e custa a partir de R$ 140,6 mil | /Divulgação
O utilitário esportivo Captur foi apresentado mundialmente no Salão de Genebra de 2011, mas só começou a ser produzido no Brasil seis anos depois. Posicionado em um patamar superior ao Duster, logo assumiu o posto de “boa pinta” das vitrines das concessionárias Renault. A linha 2022 do Captur foi apresentada em julho, com design externo ligeiramente renovado e um inédito motor 1.3 turboflex TCe (Turbo Control Effiency). Produzido em São José dos Pinhais, no Paraná, é oferecido em três versões de acabamento, todas com o mesmo “powertrain”: a Zen, a Intense e a topo de linha Iconic, encarregadas de representar os atributos da marca francesa no patamar superior do congestionado segmento de SUVs compactos – que, além do “colega de concessionária” Duster, inclui os Volkswagen T-Cross e Nivus, o Jeep Renegade, o Chevrolet Tracker, o Hyundai Creta, o Nissan Kicks, os Honda HR-V e WR-V, o Peugeot 2008, os Caoa Chery Tiggo 2 e 3X e o Citroën C4 Cactus. No mês passado, a Fiat resolveu entrar na briga, com o lançamento do Pulse, SUV derivado do Argo. E, em novembro, está desembarcando nas concessionárias o Kia Stonic.
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Para tentar se destacar em meio aos numerosos rivais, o novo Captur atualizou suas definições de design. O para-choque dianteiro ficou mais envolvente e agrega a nova luz de circulação diurna DRL em leds com função auxiliar em curvas que emoldura os faróis de neblina, também em leds. Na versão Iconic, os faróis principais passaram a ser em full-led e a grade superior está mais larga. No perfil, chamam a atenção as linhas fluidas e a “musculatura” formada pela carroceria acima dos para-lamas traseiros. Um grafismo cromado na parte inferior das portas acompanha a linha de cintura elevada, e as rodas de 17 polegadas também são novas. Na traseira, destacam-se os leds na identidade visual das lanternas, enquanto a ponteira do escapamento é cromada. O nome “Captur” vem na tampa do porta-malas em letras cromadas, acima da discretíssima indicação “TCe”, referente à nova motorização.
O interior do Captur foi bem renovado na linha 2022. A versão “top” recebeu a opção biton dentro da cabine com a combinação da cor Marrom Castanyera. O acabamento mistura detalhes em black piano com cromados, como ao redor do sistema multimídia e nas saídas de ar. Para facilitar a vida a bordo, a central multimídia com tela de 8 polegadas está mais intuitiva, com espelhamento de smartphones para Apple CarPlay e Android Auto, Bluetooth e sistema Multiview, com quatro câmeras. A direção é elétrica e o novo volante tem ajustes de altura e profundidade, com comandos iluminados do piloto automático (regulador e limitador de velocidade) e do comando de voz. A configuração Iconic traz de série o sistema de som premium Bose, com seis alto-falantes, subwoofer no porta-malas e amplificador digital exclusivo. No quesito segurança, o Captur 2022 tem ainda alerta de pressão dos pneus, avisando o condutor por meio de uma luz no painel quando a calibragem está baixa, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, quatro airbags, sendo dois dianteiros, com opção de desativação do lado do passageiro, e dois laterais redesenhados, aumentando a proteção para a cabeça em colisões perpendiculares.
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Estética e tecnologia são fatores importantes na decisão de compra de um veículo. No entanto, a principal atração do Captur é mesmo o novo motor 1.3 turboflex TCe. Desenvolvido pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em parceria com a Daimler – é usado também no sedã Classe A, em uma configuração a gasolina –, o propulsor agrega tecnologias que a Renault desenvolveu nas pistas da Fórmula-1. É um motor global, fabricado na Espanha e que equipa modelos “top” em vários mercados. O desenvolvimento da parte bicombustível ficou a cargo da equipe de engenheiros do Renault Tecnologia Américas (RTA), no Paraná. Entrega 162 cavalos de potência a gasolina e 170 cavalos com etanol, ambos de 5.500 a 6 mil rotações por minuto, com torque de 27,5 kgfm, com os dois combustíveis, de 1.660 a 3.750 giros. Trabalha associado ao câmbio automático tipo CVT, com 8 marchas simuladas.
O Captur Iconic é oferecido em seis cores – Branco Glacier, Prata Etoile, Vermelho Fogo, Cinza Cassiopée, Bronze Sable e Azul Iron. Apenas as duas primeiras são aplicadas integralmente na mesma cor – nas biton, o teto pode ser em preto ou prata. O preço inicial de R$ 140.690 vale somente para o modelo totalmente Branco Glacier. Na cor do modelo testado (Bronze Sable com teto preto), são acrescidos R$ 3.200 à fatura, totalizando R$ 143.890. Os preços podem ter variações, de acordo com as diferentes tributações estaduais.
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Experiência a bordo
Para mais ou para menos
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O interior do Captur 2022 passou por evoluções expressivas, especialmente na versão topo de linha Iconic. A coluna de direção passou a ter também regulagem de distância, que facilita encontrar a melhor posição ao volante. O Captur incorporou novos itens de tecnologia e segurança, como a partida do motor à distância com a chave “hands free”, que permite climatizar o interior antes mesmo da entrada no veículo, e o sensor de ponto cego nos retrovisores, indicando a presença de uma motocicleta ou de um automóvel fora do campo de visão do motorista. No Captur Iconic, quatro câmeras monitoram o entorno do veículo: dianteira, traseira e nas laterais.
Entretanto, nem tudo são boas notícias no Captur “top” de linha. O acabamento poderia ser mais caprichado e a tela simples do multimídia de 8 polegadas parece anacrônica na comparação com as de alta resolução de alguns SUVs concorrentes. Itens de segurança como alerta de colisão com frenagem automática e airbags de cortina também seriam bem-vindos. O quadro de instrumentos com mostradores analógicos permaneceu o mesmo do modelo antigo e o ar-condicionado poderia ser de duas zonas.
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Impressões ao dirigir
Tecnologias em desfile
O motor 1.3 turboflex TCe é aquilo que os projetistas costumam chamar de “pequena joia da engenharia automotiva”. Autêntico representante da tendência do “downsizing” – adoção de motores menores e mais eficientes –, o propulsor do Captur é quase um “showroom” de modernas tecnologias. Entre elas estão um turbo que trabalha com pressão máxima de 1.4 bar, um cabeçote em forma de delta, um comando de válvulas com duplo eixo, o tratamento DLC (Diamond-Light Carbon) com tecnologia da Fórmula-1, as bronzinas de polímeros metálicos, a injeção direta de combustível, o duplo comando com variador, o revestimento nos cilindros para reduzir o atrito e a sonda lambda proporcional que analisa qualitativamente os gases. O sistema Start&Stop, que desliga o motor automaticamente em semáforos ou em outras paradas prolongadas, colabora na redução do consumo de combustível – mesmo objetivo da função Eco, que faz as trocas das marchas simuladas mais rápido.
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O resultado de tantas tecnologias reunidas é que o propulsor 1.3 turbo flex consegue oferecer o comportamento esportivo que o Captur merecia e os antigos motores 1.6 e 2.0 não permitiam. Uma das principais características do motor é o alto torque em baixas rotações, que se traduz em uma reconfortante sensação de que jamais faltará força. Arrancadas e ultrapassagens são obtidas de forma fácil, sem vacilação ou sensação de esforço. O câmbio automático tipo CVT, com 8 marchas simuladas, ajuda a rentabilizar bem o trabalho do motor. Permite trocas simuladas sequenciais, só na alavanca. A direção eletricamente assistida é progressiva e parece ter o “peso” adequado em qualquer velocidade. O conjunto suspensivo bem equilibrado ajuda a tornar o desempenho do Captur ainda mais instigante. Com ajuste mais acertado para a esportividade do que para o conforto, o SUV até quica um pouco em pisos irregulares – no entanto, não chega a incomodar. E os 21,2 centímetros de vão livre em relação ao solo permitem ao modelo mais bonito da Renault atravessar pisos maltratados e lombadas sem problemas.
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Ficha técnica
Renault Captur Iconic
Motor: quatro cilindros, 1.3, 16V, duplo comando variável, injeção direta, turbo, Start&Stop
Combustível: flex
Potência: 162 cv (gasolina) e 170 cv (etanol) de 5.500 a 6 mil rpm
Torque: 27,5 kgfm (gasolina e etanol) de 1.600 a 3.750 rpm
Câmbio: automático tipo CVT com 8 marchas simuladas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Freios: disco ventilado na frente e tambor atrás, ABS e EBD
Tração: dianteira
Dimensões: 4,37 metros de comprimento, 1,81 metro de largura, 1,61 metro de altura e 2,67 metros de entre-eixos
Pneus: 215/60 R17
Porta-malas: 437 litros
Tanque: 50 litros
Peso: 1.366 quilos
Preço: R$ 140.690. A cor do modelo testado (Bronze Sable com teto preto) acresce R$ 3.200 à fatura, totalizando R$ 143.890. Os preços podem ter variações, de acordo com as diferentes tributações estaduais.
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