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Versão de entrada Sense, que parte de R$ 115.690, é o Nissan mais barato comercializado no Brasil | Divulgação
O sedã compacto Versa, produzido em Aguascalientes, no México, é o modelo de entrada da Nissan no mercado brasileiro.
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Sob o capô, toda a linha Versa traz o mesmo motor aspirado 1.6 16V flex do Kicks Play, que rende 113 cavalos a 5.600 rpm e 15,3 kgfm 4 mil giros com etanol, sempre gerenciado por um câmbio X-tronic
CVT com 6 marchas simuladas.
A versão de entrada Sense, que parte de R$ 115.690, é o Nissan mais barato comercializado no Brasil e ajuda a posicionar o Versa como uma opção competitiva no segmento de sedãs compactos. Acima dela, há a Advance (R$ 123.890), a SR (R$ 128.690) e a topo de linha Exclusive (R$ 141.490).
O custo inicial do Versa Sense vale somente para a carroceria na cor Preto Premium. As outras cores disponíveis – Cinza Grafite, Cinza Lunar, Prata Classic e Branco Aspen (a do modelo testado) – acrescentam R$ 2 mil à fatura.
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Por fora, o Versa Sense preserva as caraterísticas básicas das demais configurações da linha do sedã mexicano. Tem 4,50 metros de comprimento, 1,74 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,62 metros entre os eixos, com porta-malas de 466 litros.
A plataforma V da linha Versa, de 2012, foi atualizada em 2020 para aceitar recursos de assistência ao motorista (ADAS), mas boa parte deles não é disponível na configuração mais básica.
O conceito de design é o V Motion 2.0, bastante contemporâneo e com volumes bem definidos – que fazem com que o sedã compacto pareça ser um médio. Na grade em “black piano” com filetes horizontais cromados, destaque para o novo logo da Nissan, mais moderno e estiloso.
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A versão Sense do Versa é quase 20% mais barata que a “top” Exclusive. Para obter tal redução de preço, a
Sense simplifica acabamentos e diminui a oferta de equipamentos – mas está longe de ser um sedã “peladão”.
Por fora, o aerofólio traseiro deixa de existir, e as carenagens dos retrovisores externos são em preto. As rodas são de liga leve, mas são de 15 polegadas – são de 16 polegadas na Advance e na SR e de 17 polegadas na Exclusive.
Assinatura e faróis são halógenos – leds, só na Exclusive –, mas os auxiliares de neblina, extintos nas configurações mais básicas de alguns rivais, continuam disponíveis. Os repetidores de seta são no pala-lama dianteiro e não nas carenagens dos retrovisores, como em outras variantes.
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Dentro, os bancos vêm revestidos em tecido preto com detalhes em azul – couro sintético também é restrito à configuração mais cara da linha.
Na Sense, o banco traseiro não é bipartido, nem rebatível. Um painel central com display de 3,5 polegadas analógico ocupa o lugar do multifuncional em TFT de 7 polegadas com 12 funções das outras configurações.
O ar-condicionado é do tipo simples – o automático digital fica somente para as opções mais caras, assim como o carregador de celular por indução e o botão Push Start para ignição.
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Foram preservados na Sense alguns atributos comuns a toda a linha Versa, como os seis airbags (um diferencial importante na briga dos sedãs de entrada), os bancos dianteiros com Tecnologia Zero Gravity, o sensor de estacionamento traseiro, o piloto automático, a direção elétrica progressiva, os comandos elétricos dos vidros e a chave presencial com partida por botão.
O Multimídia Nissan Connect tem display “touchscreen” colorido de 7 polegadas – a Exclusive traz multimídia de 8 polegadas. Não há câmera da ré de série no Versa mais básico.
Também ficam fora alguns recursos autônomos de assistência ao motorista, como monitor de ponto cego, alertas de atenção do motorista e de tráfego cruzado traseiro e câmera 360 graus com detecção de objetos em movimento.
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Porém, estão mantidos o sistema inteligente de partida em rampa (HSA) e o alerta de colisão frontal com frenagem autônoma em caso de colisão iminente (FCW/FEB) – outro trunfo tecnológico valioso na briga dos sedãs mais baratos do mercado nacional.
É possível recorrer aos opcionais para suprir algumas carências do Versa Sense, como sensor de estacionamento dianteiro (R$ 1.132), câmera de ré (R$ 667) e carregador de celular sem fio (R$ 931).
Desde que chegou ao Brasil, em 2013, o Nissan Versa sempre teve como destaque o bom espaço interno – é
um dos maiores entre-eixos entre os sedãs compactos – e o amplo porta-malas – na atual geração, são 466 litros.
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Tais características tornam o sedã compacto da Nissan uma das opções preferenciais entre os taxistas e motoristas de aplicativos brasileiros. O acabamento da versão Sense, apesar de simplificado, preserva o bom padrão da linha – há predomínio de plástico rígido, mas com texturas agradáveis e encaixes corretos.
Na frente, o volante com regulagem de altura e profundidade e os bancos Zero Gravity (são os mesmos do Kicks) acomodam muito bem a lombar e as costas. O apoio de braço do motorista na Sense é fino demais e pouco confortável.
Na traseira, o espaço é correto para três ocupantes. A visibilidade é muito boa e o isolamento acústico é de bom nível, apesar do câmbio CVT deixar o “powertrain” rumoroso nos giros mais elevados.
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O painel de instrumentos de 3,5 polegadas é diminuto em comparação ao de 7 polegadas das outras versões
do Versa. A central multimídia Nissan Connect tem display “touchscreen” colorido de 7 polegadas.
Pequena e com baixa resolução em relação à dos sedãs compactos concorrentes – Chevrolet Onix Plus, Volkswagen Virtus, Fiat Cronos, Hyundai HB20 S –, a central não oferece espelhamento wireless para Apple CarPlay e Android Auto, obrigando o motorista a recorrer aos cabos USB (do tipo A).
Não há saídas de ar-condicionado específicas para o pessoal de trás em nenhuma das versões do Versa.
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Como em toda a linha Versa, o motor 1.6 16V de quatro cilindros aspirado com 113 cavalos e 15,3 kgfm da
versão Sense dá conta de um sedã compacto com 1.105 quilos.
Contudo, o câmbio CVT com 6 marchas simuladas, com calibração focada no rendimento energético, às vezes torna as reações ao pedal do acelerador menos ágeis do que as proporcionadas pelos motores turbinados de três cilindros, predominantes atualmente no segmento de sedãs compactos.
Em alguns momentos, parece faltar um pouco de fôlego em acelerações mais vigorosas, mas nada que chegue a parecer morosidade. A aceleração de zero a 100 km/h é alcançada em 10,7 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 180 km/h.
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Na última avaliação do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro, o consumo urbano foi de 8,1 e 11,8 km/h e o rodoviário ficou em 10,5 e 15 km/l, respectivamente com etanol e gasolina.
O fato do motor não ter turbocompressor – e também de contar com corrente e não com correia no comando de válvulas – reforça a fama de durabilidade do conjunto do Versa.
As acelerações do Versa Sense são suaves e progressivas – passam longe da esportividade, mas tornam o
sedã agradável para o uso no trânsito urbano. Para fazer ultrapassagens, é necessário pisar fundo no acelerador para ganhar velocidade.
Eventualmente, quando o motorista acelera forte, o CVT eleva demais o giro do motor – uma característica comum nesse tipo de transmissão. Há um botão Sport, que melhora um pouco as arrancadas, mas que
não chega a mudar tanto a dinâmica do modelo.
A direção elétrica é bem calibrada, oferecendo a esperada leveza em baixas velocidades e o peso desejável nas mais altas. O conjunto suspensivo, normalmente, controla bem os movimentos da carroceria.
Somente em trechos sinuosos, quando percorridos em velocidades elevadas, a suspensão traseira por eixo de torção se mostra menos precisa do que o desejável.
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