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Automotor
Motor a gasolina '2.0 turbo Hurricane 4' pretende acabar com a fama de 'familiar demais'
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Nova linha do Jeep Commander investe na esportividade | Luiza Kreitlon/AutoMotrix
O "Jeep Commander" foi lançado no Brasil em 2022 e logo tomou conta do segmento de crossovers e SUVs de sete lugares, deixando para trás concorrentes como o "Caoa Chery Tiggo 8" e o "Volkswagen Tiguan Allspace".
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Apesar da boa performance de vendas, em 2024, a média foi de 1.377 emplacamentos mensais, o desempenho dinâmico nunca foi um ponto forte do "Commander".
O modelo conviveu desde o lançamento com questionamentos por não entregar a esportividade insinuada por seu visual.
Acabar de vez com a fama de “familiar demais” do crossover produzido no Polo Stellantis de Goiana, em Pernambuco, é a função do poderoso motor a gasolina "2.0 turbo Hurricane 4."
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Apresentado no ano passado na picape "Ram Rampage R/T", o motor chegou ao "Compass" e ao "Commander" em abril deste ano, junto com os modelos 2025.
Com robustos 272 cavalos de potência com 40,8 kgfm torque, ele move as novas configurações "Overland Hurricane" e a "Blackhawk Hurricane"; a última tornou-se a “top” do "Commander".
No lançamento da linha 2025, a Stellantis, dona da Jeep (e da Fiat, da Ram, da Citroën e da Peugeot), realinhou os preços do "Commander".
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A família parte agora das três configurações equipadas com o T270 bicombustível, de 185 cavalos e 27,5 kgfm com câmbio automático de 6 marchas e tração 4x2.
Começa na "Longitude" – a única de cinco lugares –, com preço de R$ 221.990, depois, a "Limited", a R$ 247.990, e a "Overland", a R$ 269.990.
Acima delas fica a "Overland" com o propulsor "TD380 turbodiesel", de 170 cavalos e 38,7 kgfm, com transmissão automática de 9 velocidades e preço de R$ 305.990.
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No topo da linha, ficam as versões com o "Hurricane 4": a "Overland Hurricane", de R$ 311.990, e a "Blackhawk Hurricane", de R$ 327.590.
Com seus 272 cavalos e 40,8 kgfm e gerenciado por um câmbio automático de 9 marchas com modo manual sequencial, o motor 2.0 turbo é capaz de acelerar o "Commander" de zero a 100 km/h em sete segundos – cerca de três segundos mais rápido que as dotadas do 1.3 turbo.
A força do “powertrain” é distribuída pelas quatro rodas por um sistema "AWD on demand", com seletor de terrenos e reduzida.
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O "Commander" tem 4,77 metros de comprimento, 2,79 metros de entre-eixos, 1,70 metro de altura e 1,86 metro de largura, com 1.886 quilos na versão "Blackhawk Hurricane".
Adota a configuração "Small Wide 4x4 LWB" (com entre-eixos alongado) da plataforma ''SCCS", utilizada também pela picape "Ram Rampage" e o "Jeep Compass".
No "Commander Blackhawk Hurricane", a grade mantém as indefectíveis sete fendas da Jeep, mas atrás delas o padrão de colmeia foi trocado por faixas horizontais.
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Na traseira, há saídas duplas no escape – uma de cada lado – e um badge alusivo à variante "Blackhawk".
Entre as duas configurações com o motor "Hurricane 4", as diferenças ficam somente em detalhes de design.
A "Blackhawk" acrescenta acabamento escurecido na grade, nas rodas e nos logotipos, console com revestimento em suede preto, encostos dianteiros com o nome da versão bordado, rodas de 19 polegadas com desenho esportivo e pinças dos freios vermelhas.
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O Commander Blackhawk Hurricane é disponível nas cores "Sing Gray" e "Cinza Granite", ambas biton com teto preto, e na totalmente negra "Preto Carbon" (a do modelo testado).
Não há acréscimo de preço relativo às cores e nem opcionais disponíveis.
A nova “top” do "Commander" traz de série iluminação full-led, painel digital com 10,25 polegadas, central multimídia com tela de 10,1 polegadas com espelhamento sem fio e conexão por Apple CarPlay e Android Auto, chave presencial para travas e ignição, bancos frontais com ajustes elétricos, acabamento dos bancos em couro sintético e suede, abertura e fechamento elétrico da tampa do porta-malas, ar-condicionado de duas zonas, sete airbags (frontais laterais, de cortina e de joelhos para o motorista), teto solar panorâmico, som da "Harman Kardom" e plataforma "Adventure Intelligence" – com roteador Wi-Fi, interface Alexa e acesso a dados e funções via celular, como localização, travas e ignição.
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Em termos de sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS), o assistente ativo de direção combina o centralizador de faixa de rodagem com o controle de cruzeiro adaptativo – o que permite até contornar autonomamente curvas mais suaves.
Outros recursos são o alerta de colisão com detecção de pedestres e frenagem autônoma, o monitor de ponto cego, o detector de fadiga do motorista, o reconhecimento de placas de velocidade, o farol alto automático e o sistema de estacionamento semi-autônomo.
O interior do "Jeep Commander Blackhawk Hurricane" oferece muito espaço, impressão reforçada pelo teto solar panorâmico.
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Os bancos são bem estruturados e entregam conforto mesmo em trajetos longos – os frontais trazem a inscrição “Blackhawk” no encosto.
O espaço na segunda fileira de bancos abriga dois ou três ocupantes sem apertos, especialmente quando a fileira é recuada.
Para dar mais “mordomia” aos passageiros de trás, há duas saídas de ar-condicionado com regulagem de intensidade, duas entradas USB (tipos A e C) e até uma tomada comum de três pinos, para quem quiser ligar um laptop.
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Na terceira fileira, devem embarcar apenas os que tiverem boa flexibilidade, pois o acesso não é tão simples – e pessoas mais altas ficam um tanto “oprimidos” ali.
O porta-malas abriga generosos 661 litros na configuração para cinco passageiros – com sete lugares ocupados, sobram 233 litros.
O padrão de acabamento é bom, com suede no console frontal e guarnições em cromado escurecido. Há pouco plástico rígido exposto no habitáculo, e as áreas de toque mais recorrente recebem revestimentos agradáveis.
Os comandos são bem localizados e parte deles pode ser acessada no volante multifuncional.
O painel digital de 10,25 polegadas é configurável e a central multimídia com tela de 10,1 polegadas tem interface amigável e conta com GPS nativo, espelhamento sem fio e a plataforma Adventure Intelligence, que agrega roteador interno e funções remotas via celular.
O motor "Hurricane 4" entrega ao "Commander Blackhawk Hurricane" uma relação peso-potência de 6,9 kg/cv, que permite uma aceleração de zero a 100 km/h em sete segundos – tempo superado apenas por modelos esportivos.
Em termos de comparação, a versão "turbodiesel Overland TD380" tem relação peso-potência de 11,2 kg/cv, enquanto as com o motor flex T270 ficam em torno de 9,2 kg/cv.
Ou seja, a maior “cavalaria” e o torque elevado disponibilizados pelo "Hurricane 4" explicam a percepção de leveza e agilidade, surpreendentes em um veículo de 1.886 quilos em ordem de marcha.
Mesmo com sete pessoas a bordo – que acrescentam em torno de meia tonelada ao conjunto –, nunca parece faltar força.
Superado o discretíssimo “turbolag” inicial, as acelerações são efetivas, sempre com a sensação de “motor cheio”. Basta pressionar forte o acelerador para obter uma reação quase instantânea.
A transmissão automática traz aletas no volante para trocas manuais.
Mesmo com o bom isolamento acústico, o motor 2.0 turbo se faz ouvir quando exigido com mais severidade. A Jeep afirma que o "Commander Blackhawk Hurricane" atinge a velocidade máxima de 220 km/h, algo que não foi possível confirmar durante o teste.
Nos congestionamentos urbanos, não falta fôlego para buscar espaços para circular de forma ágil.
O bem-estar a bordo é reforçado pelo acerto da suspensão, que foi recalibrada pela engenharia da Stellantis nas duas versões com o motor "Hurricane 4" para oferecer a necessária consistência para uma pilotagem mais dinâmica, mas sem sacrificar o conforto.
A suspensão independente nas quatro rodas ganhou um ajuste para neutralizar mais os movimentos da carroceria, principalmente em velocidades mais elevadas.
O pacote de assistentes à condução (ADAS) nível 2 ajuda a evitar acidentes comuns em situações de trânsito caótico e na estrada, embora eventualmente os sistemas causem sustos, pelos alertas e reações um tanto exageradas.
Na estrada, o "Commander Blackhawk Hurricane" fica mais à vontade. A exuberância do conjunto mecânico proporciona a manutenção de velocidades de cruzeiro na faixa de 120 km/h com baixo nível de ruídos.
E, sempre que há demanda, é fácil de se obter retomadas vigorosas e ultrapassagens mais do que seguras.
Já nas trilhas, embora o torque de 40,8 kgfm do "Hurricane 4" seja elevado, ele só está plenamente disponível em 3 mil rpm – e ter torque alto já em giros ainda mais baixos é uma agradável característica típica dos motores a diesel, que por conta disso levam vantagem no fora-de-estrada.
Contudo, o bom curso da suspensão, as rodas aro 19 e pneus 235/50, a altura livre em relação ao solo de 20,2 centímetros, a tração integral "AWD" e o seletor de terrenos ajudam o "Commander" a “se virar” em pisos complicados.
Segundo o Inmetro, o consumo do "Commander Blackhawk Hurricane" é de 8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada.
Elevado para um motor a gasolina, mesmo para um modelo tão “esperto” e com quase 1,9 tonelada.
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