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Automotor
Com uma brutal relação peso/potência, o Porsche 718 Cayman GT4 RS chega ao Brasil "botando banca"
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O novo superesportivo alemão tem 500 cavalos e concepção inteiramente vinda das competições | Divulgação
Um superesportivo com apenas 1.415 quilos, 500 cavalos de potência e recordista no “Inferno Verde”, o temido traçado Nordschleife de Nürburgring, aterrissa no Brasil. Trata-se do Porsche 718 Cayman GT4 RS, um carro nascido das pistas mas com licença para andar solto pelas ruas e estradas. Como a exclusividade tem seu preço, o novo Porsche está sendo oferecido no Brasil por exatamente R$ 1.157.000. O coração do Cayman GT4 RS é o motor boxer de seis cilindros, naturalmente aspirado, já conhecido do carro de competição 911 GT3 Cup e do modelo de produção 911 GT3. Em comparação ao 718 Cayman GT4, a potência foi ampliada em 59 kW (80 cavalos), resultando em uma relação peso-potência de 2,83 kg/cv, enquanto o torque subiu de 43,5 para 45,5 kgfm.
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Como todos os atuais “RS” da Porsche, o 718 Cayman GT4 RS é equipado com uma transmissão de dupla embreagem (PDK), com engates muito rápidos para as 7 marchas, preservando o máximo de desempenho. Graças às aletas de mudança de marchas (“paddles shifters”), posicionadas atrás do volante, o motorista-piloto pode manter sempre as mãos na direção. Ou ainda pode fazê-lo no modo tradicional, na alavanca seletora no console central. O 718 Cayman GT4 RS acelera de zero a 100 km/h em apenas 3,4 segundos e pode chegar à velocidade de competição de 315 km/h.
Na construção do novo “bólido”, a Porsche “abusou” no uso de materiais leves e nos ajustes de chassi particularmente ágeis. O Cayman GT4 RS tem ainda uma complexa receita para se tornar uma nova referência mundial na categoria de superesportivos com motor central. Seja em estradas estreitas e sinuosas nas montanhas ou em circuitos fechados, o modelo é a síntese da definição “das pistas para as ruas”. Segundo a Porsche, o foco principal na elaboração do projeto esteve na construção leve. Seu peso em ordem de marcha, ou seja, com tanque cheio e sem o motorista, tem 35 quilos a menos do que o 718 GT4. Essa redução de peso foi alcançada por meio da utilização de plástico reforçado com fibra de carbono, como no capô e nos para-lamas dianteiros. O famoso trançado de xadrez tridimensional da fibra de carbono fica aparente em algumas partes da carroceria e fartamente no interior do carro. A lista de “emagrecimento” continua nos tapetes e no material isolante. A janela traseira é feita de vidro menos espesso, os painéis de portas com alças de abertura são em têxtil e as redes no compartimento de carga completam a busca por cada grama supérflua.
Outra característica marcante do novo 718 são as entradas de ar atrás dos vidros laterais das portas, no lugar em que as outras versões do Cayman têm pequenas janelas. Essas novas entradas melhoram o fluxo do ar de admissão e, ao mesmo tempo, produzem um som visceral. Já as entradas de ar na frente das rodas traseiras foram mantidas e servem para arrefecer o motor. O novo aerofólio em formato de “pescoço de ganso” e suportes de alumínio é quase um cartão de visita do modelo. Esse princípio de asa é derivado do carro de competição 911 RSR GT e estreou em um veículo de produção no 911 GT3. Ela contribui para que o 718 Cayman GT4 RS tenha 25% a mais de “downforce” (pressão aerodinâmica de cima para baixo) que o Cayman GT4.
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Mais mudanças estéticas e funcionais no RS estão na carroceria – três centímetros mais baixa –, no desenho dos arcos das rodas dianteiras, nos painéis aerodinamicamente otimizados da parte inferior da carroceria com difusor traseiro multiajustável e no para-choque dianteiro. As modificações no chassi também ajudaram no aprimoramento da performance. Buchas esféricas conectam o chassi à carroceria com mais firmeza e garantem um manuseio mais preciso e direto. A plataforma ajustável, adequada para provas em circuitos, recebeu ajuste de amortecedor específico para o RS, assim como taxas de mola e estabilizador foram alterados.
Tampas dianteira, das entradas de ar de refrigeração e da caixa de ar, entradas laterais, conchas superiores dos retrovisores externos e asa traseira são feitas de fibra de carbono. As ponteiras de escape têm como base o sistema do 935 e a gaiola de proteção é aparafusada na parte traseira. As duas peças são feitas em titânio. A parte superior do painel no interior é coberta com Race-Tex e um grande logotipo “Porsche” está integrado à janela traseira. Com o pacote Weissach, rodas forjadas de magnésio de 20 polegadas podem ser encomendadas opcionalmente em vez das feitas em alumínio.
O Porsche Design Chronograph 718 Cayman GT4 RS, que a marca alemã oferece exclusivamente aos compradores do veículo, é tão esportivo quanto o “bólido”. Ele conta com um conceito de construção leve para aumentar o desempenho por meio do uso do resistente material de alta tecnologia titânio. O rotor do elevador – com base nas rodas do superesportivo - pode ser selecionado em cores diferentes para combinar com a configuração do veículo. O enorme conta-giros ao centro do quadro de instrumentos é destaque na cabine, com o velocímetro à esquerda e um mostrador secundário à direita, no qual várias funções podem ser selecionadas. A Porsche não informou o tamanho da tela da central multimídia, no entanto, ela é suficiente para um “carro de pista” e pode fazer espelhamento com Android Auto e Apple CarPlay por cabo, com porta USB dentro do compartimento, entre os bancos. E é ali que o smartphone deve ser acomodado, justamente por não ter outro lugar. Os porta-copos estão escondidos no lado direito do painel de instrumentos.
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