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| /fotos: Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix
A Volkswagen do Brasil começou a importar o novo Jetta do México há seis meses, em outubro do ano passado, com um objetivo claro - brigar pela liderança entre os sedãs médios. Há tempos o segmento é dominado no mercado nacional pelo Toyota Corolla, seguido de longe por Honda Civic e Chevrolet Cruze - e o modelo da marca alemã, em suas gerações anteriores, jamais ameaçou esse trio. A sétima geração do sedã médio da Volkswagen desembarca em três versões, todas com o mesmo motor 1.4 TSI flex, produzido na cidade paulista de São Carlos e enviado para a fábrica mexicana de Puebla, antes de voltar ao Brasil. A mais básica é a 250 TSI, que sai por R$ 99.990, enquanto a intermediária é a 250 TSI Comfortline, a R$ 109.990. Mas é a "top" 250 TSI R-Line, que sai por R$ 119.990 e reúne os atributos para enfrentar o que os concorrentes têm de melhor - ou seja, as versões topo de linha dos sedãs médios das marcas
generalistas.
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O desenho do novo Jetta se esforça para não ser mais apenas uma "versão sedã do Golf" e tenta valorizar uma personalidade própria. O estilo é o mesmo expresso nos lançamentos mais recentes da marca, como o Polo, o Virtus, o Tiguan e o T-Cross. As superfícies planas parecem sobrepostas como se fossem entalhadas, o que reforça o aspecto de força e robustez. O design pode parecer meio previsível para alguns, mas o novo Jetta tem a chamada "family face" e é indisfarçavelmente um Volkswagen. Como diferenciais externos em relação ao restante da linha Jetta, a versão R-Line traz a grade dianteira em preto brilhante, com uma barra cromada na parte superior, e emblemas alusivos à configuração na grade, nas laterais dos para-lamas dianteiros e nas soleiras das portas, além das rodas de liga leve exclusivas.
Se na aparência as diferenciações entre as versões são sutis, é em termos de equipamentos que a R-Line se justifica. Além do bom pacote já incluso na versão Comfortline - ar-condicionado com duas zonas, seis airbags, controle de estabilidade e tração, diferencial com bloqueio eletrônico, revestimento em couro sintético, sistema multimídia com tela "touch" de 8 polegadas com espelhamento de celular, chave presencial para travas e ignição, frenagem de emergência em manobras, câmara de ré combinada com sensores dianteiros e traseiros, rodas de liga leve de 17 polegadas, sensores de luz e chuva, faróis e luzes diurnas em leds -, a versão topo de linha investe em tecnologias semiautônomas de auxílio ao motorista, que andam em alta no mercado automotivo global. Assim, lá estão o controle de cruzeiro adaptativo, os sistemas de frenagem de emergência, o alerta de colisão, o farol alto automático, o painel de instrumentos digital configurável com tela de 10,25" e o detector de fadiga. São apenas dois opcionais: teto solar, por R$ 4.990, e pintura metálica, por R$ 1.480, ou perolizada, por R$ 1.580.
Sob o capô está o motor turbo 1.4 TSi flex, o mesmo propulsor "made in Brazil" que move todas as versões atualmente disponíveis e que já equipava o Jetta anterior. Rende 150 cavalos de potência a 5 mil rpm e 25,5 kgfm de torque de 1.400 a 3.500 rotações. Em todas as versões atua em parceria com o câmbio automático de 6 marchas, com opção de acionamento manual na manopla. Está prevista a chegada de uma versão com um motor 350 TSI, um 2.0 turbo de 230 cavalos, o mesmo utilizado no Golf GTI.
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Se a pretensão da Volkswagen é tentar brigar pela liderança do segmento de sedãs médios, o novo Jetta parece estar no caminho certo. No ano passado, entre a versão anterior e a atual, comercializada apenas no último trimestre, o sedã da Volkswagen vendeu 4.404 unidades - média mensal de 367 emplacamentos. Já esse ano, foram 504 unidades emplacadas em janeiro e 1.248 em fevereiro - apenas 215 unidades atrás do Cruze, o terceiro sedã médio mais vendido do País, que totalizou 1.463 emplacamentos no segundo mês do ano. Se mantiver a tendência de evolução nas vendas, em breve, o Jetta pode estar disputando um lugar no pódio brasileiro dos sedãs médios. (Luiz Humberto Monteiro Pereira/Agência AutoMotrix)
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