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Civic chegou a emplacar mais que o arquirrival Toyota Corolla em algumas ocasiões | Divulgação
O Honda Civic chegou ao Brasil em 1992, em sua quinta geração, importada do Japão. Em 1997, já na
sexta geração, tornou-se o primeiro automóvel produzido pela marca japonesa no país.
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Chegou a emplacar mais que o arquirrival Toyota Corolla em algumas ocasiões, mas foi perdendo volume de vendas até que, em 2021, a produção no Brasil foi encerrada.
Desde então, a Honda busca se posicionar em um espaço intermediário, entre as marcas generalistas e as de luxo.
Dentro dessa estratégia, o Civic voltou ao Brasil em 2023, já em sua décima primeira geração, trazida da Tailândia apenas na versão Advance Hybrid.
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Longe dos grandes volumes de vendas de outrora e agora restrito ao nicho dos sedãs híbridos, o Civic é oferecido por R$ 265.900 – um valor cerca de 35% acima dos concorrentes diretos, que passaram a ser a configuração “top” Altis Premium do Corolla (parte de R$ 199.990) e o BYD King (R$ 179.900 da opção GL e R$ 191.900 na GS).
Nos últimos três meses, o modelo da marca chinesa é o sedã híbrido mais vendido do país, com o Corolla Altis Premium e o Civic Advanced Hybrid alternando-se na segunda posição.
O Civic Advanced Hybrid adota o sistema e:HEV, com um motor elétrico com 184 cavalos e 32,1 kgfm de
torque, que divide a tarefa de mover o carro com o propulsor a gasolina de 2,0 litros de 143 cavalos a 6 mil rotações por minuto e 19,1 kgfm de torque a 4.500 giros, alimentado por injeção direta.
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Já o segundo motor elétrico cumpre função de gerador de energia para a IPU (Intelligent Power Unit), o conjunto de baterias de íons de lítio posicionado sob o assento do banco traseiro – não há tomadas para carregamento. O sistema aciona somente as rodas dianteiras – a tração é sempre frontal.
Em baixas velocidades, o carro é impulsionado pelos motores elétricos, com o propulsor térmico entrando em ação apenas para acionar o gerador, que alimenta a pequena bateria de 1,05 kWh.
Já em altas velocidades, o motor a explosão é usado para a tração, enquanto o sistema elétrico funciona como auxiliar, para aumentar o torque e melhorar as acelerações.
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O e:HEV trabalha associado a uma transmissão automática batizada de e-CVT. O sedã híbrido da Honda tem três modos de condução – “EV Drive”, 100% elétrico, “Hybrid Drive”, elétrico e a combustão, e “Engine Drive”, somente a combustão – que se alternam automaticamente em função de fatores como demanda de acelerador e nível de energia nas baterias.
Na maior parte das situações, o Civic híbrido é tracionado pelo motor elétrico. O “Hybrid Drive” é ativado nos momentos de maior pressão sobre o acelerador. Em ambos os casos, o propulsor a combustão é ativado para acionar o motor-gerador.
Já o “Engine Drive”, modo em que a tração é feita prioritariamente pelo motor a combustão, é ativado em velocidades mais elevadas e constantes, nas quais o propulsor a combustão trabalha em sua zona de máxima eficiência.
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Quando o motorista demanda mais potência, diferente de outros híbridos, o e:HEV trabalha no modo híbrido, com a unidade a combustão podendo tracionar, porém, trabalhando principalmente em conjunto com o gerador para produzir eletricidade para o motor elétrico também tracionar.
A capacidade de alternar a tração entre os motores térmico e elétrico, para que ambos trabalhem de maneira mais eficiente, é o grande diferencial do e:HEV.
Em termos de estilo, o Civic da décima primeira geração lembra um Accord em escala reduzida. As linhas
são conservadoras mas elegantes.
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Os faróis são bem dominantes e as superfícies lisas predominam, com o capô alongado bem valorizado pelo recuo da base da coluna dianteira.
No perfil, o caimento do teto em direção à traseira confere ao conjunto um pouco da esportividade típica de outras gerações do Civic, no entanto, a traseira parece pouco inspirada e um tanto anacrônica.
Por dentro, o sedã traz elementos que remetem aos SUVs derivados da mesma plataforma, o ZR-V e o CR-V. Predominam linhas horizontais, com destaque para uma grade alongada que esconde as saídas de ar.
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Na segurança, além dos oito airbags (frontais, laterais frontais e traseiros e tipo cortina), o sedã traz itens
como assistentes para redução de ponto cego, de estabilidade e tração e de partidas em aclives, sensores de
estacionamento e alerta de pressão dos pneus.
Agrega ainda os sistemas de assistência ao motorista (ADAS) que a marca chama de Honda Sensing. Incluem ajuste automático de farol, controle de cruzeiro adaptativo e sistema de frenagem para prevenir colisões, de permanência de faixa e para mitigação de evasão de pista.
Há ainda o Driver Attention Monitor, que avalia continuamente o comportamento do motorista ao volante para ajudar a determinar o nível de atenção – caso observe a necessidade, sugere uma pausa ao motorista.
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O Civic Advanced Hybrid entrega bastante conforto. O padrão de acabamento é respeitável, com encaixes
precisos, materiais que aparentam qualidade, texturas agradáveis e design caprichado.
Destaque para o estofamento com revestimento que simula couro, bancos dianteiros elétricos, teto solar elétrico, abertura e ignição por chave presencial, freio de estacionamento elétrico, controle climático duplo e carregador de celular por indução.
Os bancos dianteiros contam com sistema de estabilização corporal, garantindo conforto mesmo em viagens longas. Detalhes cromado e revestimentos acolchoados reforçam a percepção de requinte. Os assentos frontais são um tanto baixos, o que dificulta um pouco o acesso.
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O painel é 100% digital, com velocímetro e conta-giros com gráfico analógico. A parte central de cada
relógio é personalizável e ainda tem uma seção central que monitora os recursos ADAS e abriga várias luzes-espia.
A central multimídia “touchscreen” de 9 polegadas exibe imagens da câmera de ré e o indicador de fluxo de
energia, com espelhamento de Android Auto e CarPlay. Há bons nichos para objetos pessoais, portas USB A e USB C.
O isolamento acústico é eficiente. Os 12 alto-falantes Bose proporcionam uma sonorização qualificada. O porta-malas é generoso, com 495 litros.
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O preço elevado – R$ 265.900 – não impediu o Honda Civic Advanced Hybrid de tornar-se uma referência
dinâmica no segmento de sedãs médios no Brasil.
Nele, as motorizações elétrica e convencional se coordenam de forma que nunca falte força e potência.
O sistema híbrido é de uma eficiência impressionante, tornando quase impossível de se perceber quando o motor elétrico está tracionando ou quando o propulsor a gasolina entra em ação.
Os motores elétrico e térmico não trabalham em conjunto para impulsionar o carro, por isso, não existe uma soma de potência.
O objetivo do sistema é aproveitar ao máximo o potencial de cada motor: o elétrico manda bem em velocidades baixas e médias, enquanto o 2.0 a combustão entrega sua melhor performance em alta velocidade.
As arrancadas e retomadas são vigorosas como as de um modelo 100% elétrico. É possível fazer de zero a 100 km/h em 7,8 segundos.
Ou seja, embora não seja um esportivo, o sedã da Honda é capaz de entregar performances instigantes.
O consumo também surpreende: segundo o Inmetro, o Civic Advanced Hybrid tem médias de consumo de gasolina de 18,3 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada – números que podem até ser superados, caso o motorista opte por dirigir com suavidade.
A dianteira tipo MacPherson e a traseira multilink tornam o carro equilibrado e muito agradável de se dirigir.
A suspensão privilegia o controle da carroceria, mas também filtra de forma eficiente as irregularidades da pista. Em curvas acentuadas, há pouca rolagem.
A direção elétrica é suave e precisa. Frenagens e desacelerações geram recuperação de energia, ampliando a economia.
A tecla “Drive Mode” no console, logo abaixo das posições “P” (parking), “R” (ré), “N” (neutro ou ponto morto) e “D” (driving), permite a seleção entre os modos de direção “Normal”, “Sport”, “Eco” e “Individual”, que de fato alteram a atitude do sedã. Em “Sport”, as respostas ao acelerador são mais diretas.
Em “Eco”, a atuação do acelerador privilegia a economia, enquanto em “Individual” é possível a personalização de parâmetros como a resposta do acelerador e do sistema de direção.
O “Normal” faz os ajustes retornarem ao padrão, que busca equilibrar eficiência e performance.
Os dispositivos de assistência Honda Sensing são bastante funcionais. O ACC (Adaptive Cruise Control)
com LSF (Low Speed Follow) auxilia o motorista a manter uma distância segura em relação ao veículo detectado à frente.
O CMBS, sistema de frenagem para mitigação de colisão, emite um alerta sonoro e visual ao detectar uma
situação de possível colisão frontal, acionando automaticamente os freios para maior segurança.
E, quando o motorista aciona a seta para a direita, automaticamente as imagens obtidas pela câmera do lado direito aparecem na tela do multimídia, ampliando a visibilidade.
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