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Automotor
A linha 2023 da Chevrolet Montana "invade" o nicho das picapes derivadas de utilitários esportivos, para brigar com a Fiat Toro
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Além de ter crescido, a Montana abandonou a base de um hatch para incorporar as características do SUV Tracker, incluindo o "powertrian" | Divulgação
Depois de um longo período de desenvolvimento, troca de casa – da Argentina para São Caetano do Sul (SP) – e reconstrução total, a picape Montana acaba de ser revelada, com chegada prevista às concessionárias brasileiras somente a partir de fevereiro de 2023. Tão logo apresentou a nova geração, a General Motors abriu o período de pré-vendas das duas configurações da picape, a LTZ, com preço de R$ 134.490, e a topo de linha Premier, a R$ 140.490. A nova Montana troca de segmento, subindo do compacto para o intermediário, abaixo das médias. Assim, baterá de frente com a líder da categoria das picapes derivadas de utilitários esportivos, a Fiat Toro, além da Renault Oroch. Antes com a frente do Agille, que por sua vez sucedeu a “cara” do antigo Corsa, a Montana agora foi desenvolvida a partir do Tracker, assumindo as características de design frontal dos novos modelos da marca norte-americana.
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A Montana 2023 é equipada com o motor 1.2 turboflex com até 133 cavalos de potência e 21,4 kgfm de torque, acoplado à transmissão automática de 6 marchas, o mesmo “powertrain” que move as versões mais caras da Tracker. Em um segundo momento, a picape terá uma versão de entrada destinada especialmente para frotistas, com câmbio manual de 5 velocidades. O propulsor turbo traz calibração exclusiva na picape, em sintonia com a proposta de multiuso do veículo. Segundo a Chevrolet, esse trabalho foi feito nos demais sistemas mecânicos, como transmissão, direção e suspensão. Até os pneus foram especialmente desenvolvidos para o modelo. A oferta de equipamentos de série inclui itens como seis airbags, alerta de ponto cego, faróis full-led com regulagem de altura e acendimento automático, ar-condicionado digital, sensor de estacionamento com câmera de ré, chave inteligente com partida por botão, tampa da caçamba com alívio de peso na descida, carregador de smartphone sem fio, Wi-Fi nativo, sistema OnStar e aplicativo para comandar funções do carro remotamente.
Pela primeira vez com cabine dupla e quatro portas, a Montana se destaca ainda pelo design, espaço interno, segurança, conectividade e performance. As proporções da carroceria da picape são inéditas na Chevrolet no Brasil, com 4,72 metros de comprimento e média de 1,80 metro de largura. Chamado pela fabricante norte-americana de “Caçamba Multi-Flex”, o compartimento de carga da nova Montana é outro diferencial do modelo, trazendo um sistema de vedação da cobertura para proteção contra a água e uma série de acessórios customizados, que permitem várias configurações para o transporte, inclusive a possibilidades de montagem de compartimentos separados e estanques.
Em relação ao visual, a nova Montana tem um conjunto óptico bipartido em leds, em “tabelinha” com a mais recente linguagem global de design da Chevrolet. A lateral é marcada pela silhueta típica de utilitários, com linha de cintura elevada e molduras contornando toda a base do veículo. Na traseira, uma barra em preto brilhante conecta as lanternas, conferindo um certo requinte ao conjunto. A posição mais elevada de dirigir – também dos SUVs –, o ambiente tecnológico da cabine e os acabamentos com materiais mais requintados remetem igualmente aos utilitários esportivos. De acordo com a Chevrolet, essa sensação é reforçada pelo baixo nível de ruído a bordo, pelo rodar confortável e pela boa estabilidade do veículo, vazio ou carregado. Para quem gosta de personalização, há uma gama de acessórios para a parte externa, como estribos, extensor do para-choque frontal, vários tipos de santantônio e faróis de neblina em leds.
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Embora a caçamba seja a principal parte em termos de trabalho em uma picape, a preocupação de integrar sua nova picape ao mundo dos SUVs também esteve presente na equipe de engenharia da Chevrolet para dentro da cabine. Por isso, a marca resolveu equipar o interior da nova Montana com acabamentos sofisticados e uma ambientação mais tecnológica do que normalmente o segmento costuma oferecer. A central multimídia estreia o conceito de tela do MyLink totalmente integrada ao quadro de instrumentos. O multimídia está na parte superior do painel e sua tela de 8 polegadas, por ficar na posição horizontal, ajuda na leitura de mapas de navegação e reduz a possibilidade de distração ao volante. Para a General Motors, o sistema de multimídia da nova Montana é um dos mais avançados do mercado, oferecendo Wi-Fi com sinal de internet até 12 vezes mais estável e telemática avançada do OnStar. Agrega projeção sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, atualização remota de sistemas eletrônicos do veículo, aplicativo myChevrolet para comandar funções do carro à distância e carregador de smartphone por indução magnética.
De acordo com a Chevrolet, a nova Montana é um produto de elevada resistência e segue requisitos internacionais de proteção a ocupantes e pedestres. O para-choque dianteiro e o capô são projetados para amortecer impactos em caso de um possível atropelamento, enquanto os freios ABS contam com distribuição da força e da assistência de frenagem de urgência. Completam a lista do quesito segurança o controle eletrônico avançado de tração e estabilidade, o sistema de monitoramento da pressão dos pneus e a resposta automática em caso de acidentes pelo Centro de Atendimento OnStar.
Para cima e para baixo
O segmento de picapes originárias de hatches compactos – inventado no Brasil – teve um representante de peso na Chevrolet, surgido em 2003, com a Montana, derivada do Corsa. No México, o veículo era conhecido como Tornado, pois a Pontiac já havia usado o nome Montana para sua gama de minivans na América do Norte. O design da primeira geração da Montana usava a frente do Corsa, mas já trazia algumas novidades interessantes, como os degraus laterais incorporado à caçamba para facilitar o acesso do trabalhador em embarques de carga. Essa característica continuou na segunda geração, então produzida na Argentina com a “cara” do compacto Agille, a partir de 2010. E, por incrível que possa parecer, manteve a frente do compacto retirado de linha em 2016 até o ano passado. Tanto que a Montana/Agille ainda figura nas estatísticas de vendas da Fenabrave, com 17 unidades de “ponta de estoque” emplacadas em 2022, sendo apenas uma em novembro.
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As primeiras Montana eram equipadas no Brasil com motores 1.4 Ecoflex e 1.8 FlexFuel. Em alguns mercados, como no sul-africano, ela era vendida como Opel Corsa Utility, com a picape oferecida com mais opções de motores, mas nenhuma com a tecnologia brasileira bicombustível. Lá, eram usados os 1.4 a gasolina e 1.7 turbodiesel. Em 2007, a Montana foi disponibilizada no Brasil em duas versões: a Conquest e a Sport. Essas configurações foram produzidas em São José dos Campos (SP) até 2010. A África do Sul continuou montando as versões no sistema CKD (do inglês “Complete Knock-Down”, ou “veículo embarcado por partes”) fornecido pelo Brasil. Nos seus bons tempos, a Montana chegou a figurar em alguns meses perto do volume de vendas da “eterna” líder Fiat Strada. Agora, com o crescimento de tamanho, a Montada terá uma “queda de braço” com outra picape da marca italiana.
Ficha Técnica
Chevrolet Montana 1.2 Premier
Motor: 1.2, turbo, três cilindros
Transmissão: automática, 6 marchas
Potência: 132 cv a gasolina / 133 cv a etanol a 5.500 rpm
Torque: 21,4 kgfm a 2 mil rpm
Combustível: gasolina e/ou etanol
Direção: hidráulica
Tração: dianteira
Suspensão: dianteira tipo MacPherson com barra estabilizadora helicoidal, traseira eixo de torção semi-independente
Rodas: liga leve de 17 polegadas, pneus 215/55 R17
Dimensões: 4,72 metros de comprimento, 1,80 metro de largura
Caçamba: 874 litros
Preço: R$ 140.490
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