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Automotor
Oferecida por R$ 219.990, a Ranger Black é 6,4% mais barata em relação à XLS 2.0 4x2 automática, que, quando deixou de ser comercializada, custava R$ 234.990
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A estratégia da Ford para o novo produto é simplificar o "powertrain" em relação às versões mais caras, mas sem abrir mão da imagem de robustez e sofisticação | Divulgação
Quando pensam no consumidor de picapes médias, as fabricantes normalmente focam na demanda rural, que privilegia modelos 4x4 com alta capacidade para o off-road. Contudo, apesar de majoritário em termos de volume, o agronegócio não tem o monopólio da demanda do segmento.
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Há também um público que, apesar de rodar predominantemente nas cidades, aprecia o porte elevado, o estilo robusto e a capacidade para enfrentar buracos e lamaceiras das picapes médias. É este o foco da Ranger Black, a nova versão de entrada da picape média da Ford.
A configuração substitui a XLS 4x2 – descontinuada em julho deste ano, quando foi apresentada a linha 2025 da Ranger. A nova picape é movida pelo motor Panther 2.0 turbodiesel, com transmissão automática de 6 velocidades e tração traseira.
Oferecida por R$ 219.990, a Ranger Black é 6,4% mais barata em relação à XLS 2.0 4x2 automática, que, quando deixou de ser comercializada, custava R$ 234.990.
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A ampliação para baixo na faixa de preços deve embalar as vendas da nova geração da Ranger – que desde o seu lançamento, no ano passado, é a picape média com maior crescimento no mercado brasileiro (48%). Já emplacou mais de 26 mil unidades e é a vice-líder do segmento, superada apenas pela Toyota Hilux.
Com o posicionamento de preço agressivo, a Black coloca a Ranger no espectro de compras de um público mais abrangente. A etiqueta de preço da nova versão permite atrair não apenas quem procura as picapes médias com chassi em longarinas, as concorrentes diretas, em suas variantes mais básicas – Toyota Hilux, Chevrolet S10, Nissan Frontier, Mitsubishi L200, Fiat Titano e Volkswagen Amarok.
Também pode interessar aos consumidores das opções topo de linha das picapes intermediárias em monobloco – Ram Rampage (entre R$ 251.990 e R$ 289.990) e Fiat Toro (entre R$ 149.990 e R$ 212.900).
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Na linha Ranger, a Black posiciona-se abaixo da XL 2.0 4x4 com câmbio manual, que custa R$ 244.990 e era a opção mais barata da picape da Ford – as mais caras são a Raptor 3.0 V6 biturbo, oferecida por R$ 469.700, e a Limited+ 3.0 V6, R$ 351 mil.
A estratégia da Ford para o novo produto é simplificar o “powertrain” em relação às versões mais caras, mas sem abrir mão da imagem de robustez e sofisticação.
Assim, a Black abdica do motor 3.0 V6 de 250 cavalos, da transmissão automática de 10 velocidades e da tração 4x4 da versão Limited e investe no 2.0 turbodiesel de quatro cilindros com transmissão automática de 6 marchas e na tração simples traseira.
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Agora também fabricada localmente em Pacheco, na Argentina, a motorização menos “forçuda” é considerada pela Ford como mais adequada à utilização urbana.
E ainda leva vantagem no consumo de diesel – segundo o Inmetro, a Ranger Black faz 10,1 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada, o que representa uma autonomia de 880 quilômetros por conta do tanque de combustível de 80 litros.
Ao mesmo tempo em que aposta em um trem de força mais manso e econômico, em termos de estilo, a Black reedita alguns dos atributos estéticos marcantes das “tops” da Ranger.
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A grade dianteira, o santantônio, os retrovisores e as rodas de 18 polegadas na cor grafite Bolder Gray são os itens de assinatura da Black.
Os faróis são full-led e os pneus são os mesmos vistosos 255/65 R18 All-Terrain adotados pela Limited – apenas o desenho das rodas de liga leve de 18 polegadas é diferente. Na antiga XLS 4x2, as rodas eram de 17 polegadas.
São cinco opções de cores na carroceria da Black: as perolizadas Preto Gales, Cinza Moscou e Azul Belize, a metálica Prata Geada e a sólida Branco Ártico.
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A cabine, toda em tons escuros e com um teto preto “emprestado” da versão esportiva Raptor, tem bancos parcialmente em couro com o emblema “Black” no encosto, volante com ajuste de altura e profundidade, painel de instrumentos digital de 8 polegadas, multimídia Sync 4 com tela de 10 polegadas, espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay sem fio e carregador por indução.
Com o aplicativo FordPass Connect, é possível travar e destravar as portas, acionar as luzes e a buzina, agendar a partida com ativação do ar-condicionado ou aquecedor, localizar o veículo, receber alertas de alarme e verificar remotamente dados como odômetro e combustível.
A linha Ranger é a primeira do segmento a receber atualizações multimódulos over-the-air (OTA) para o aprimoramento contínuo do desempenho e da segurança do veículo - uma das vantagens de ser a única picape da categoria de geração totalmente nova, com uma arquitetura elétrica composta por 36 módulos que trocam informação de forma integrada.
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Como promoção de lançamento, a Ford oferece protetor de caçamba e capota marítima elétrica gratuitos para os cem primeiros compradores da Ranger Black.
Experiência a bordo - Modernidade com elegância
No interior, o principal destaque da Ranger Black é o teto preto, com detalhes em grafite e metal fumê. A versão mais barata da picape da Ford aproveita vários itens de acabamento da XLT, incluindo o volante revestido em couro, a moldura da central multimídia e as saídas de ar em Black Piano.
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O painel de instrumentos digital é de 8 polegadas e o eficiente multimídia Sync 4 tem tela de 10 polegadas, com conectividade Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
Detalhes de conforto como saída de ar-condicionado para o banco traseiro, carregador de celular por indução, partida e acionamento do ar-condicionado remoto, seletor de modos de condução, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro e entradas USB (tipos A e C) são vantagens proporcionadas pelo fato de a Ranger ter uma arquitetura elétrica moderna.
Os bancos parcialmente em couro da Ranger Black contam com uma textura exclusiva, pespontos aparentes e o emblema “Black” no encosto. Um detalhe interessante é a inscrição “So long as it’s black” (“desde que seja preto”), com a assinatura de Henry Ford na lateral do banco do passageiro da frente.
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Essa citação faz parte da famosa frase do criador da Ford, de que os clientes da marca podiam escolher um Model T de qualquer cor desde que fosse preto – a tinta de secagem mais rápida na época para atender ao volume elevado de produção.
Outro destaque da picape, esse comum à linha Ranger, é a caçamba. Com capacidade de 1.250 litros e 1.031 quilos, conta com degraus laterais de acesso, seis ganchos de ancoragem, tomada 12V e tampa com assistência de abertura e fechamento.
Primeiras impressões - Passeio com caçamba
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Salvador/BA - A apresentação da Ranger Black partiu de um belo trajeto litorâneo, ligando a Praça Castro Alves, no Centro Antigo da capital baiana, à praia de Itapoã, de onde enveredou pela estrada até o Senai Cimatec Park, em Camaçari, onde fica o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford, e de lá até o Aeroporto de Salvador, mesclando trechos urbanos e rodoviários.
Ao longo do circuito, o motor Panther 2.0 turbodiesel de quatro cilindros, com potência de 170 cavalos a 3.500 rpm e torque de 41,2 kgfm de 1.750 a 2.500 rpm, mostrou-se bastante elástico e eficiente.
Conta com tecnologia de redução de atrito e tem seu torque otimizado pela transmissão automática de 6 velocidades, que traz um módulo de controle para aumentar a precisão na troca de marchas.
O baixo nível de ruído e de trepidação são “efeitos colaterais” do “powertrain” bem harmonizado. A tração 4x2 traseira favorece a eficiência e o conforto no uso urbano.
Na cidade ou na estrada, a Ranger Black mostra-se agradável de se dirigir e passa uma percepção de consistência e segurança acima do padrão das picapes médias.
A Ranger Black é equipada com controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampa, limitador de velocidade e quatro modos de condução que ajustam o veículo automaticamente para o desempenho em cada situação de rodagem: “Normal”, “Eco”, “Rebocar” e “Escorregadio”.
Apesar de não serem o foco da Black, que tem tração apenas na traseira e uma “pegada” bem mais asfalto/urbana, alguns recursos off-road da linha Ranger foram mantidos na versão, como a capacidade de imersão de 80 centímetros – de acordo com a Ford, a maior do segmento – e os ângulos de ataque de 30 graus, de saída de 26 graus e de transposição de rampa de 22 graus.
A boa dinâmica veicular e a dirigibilidade favorável da Ranger se devem, também, à suspensão, que tem amortecedores externos à longarina na traseira e feixes de quatro estágios, proporcionando um rodar mais confortável, mesmo sem carga.
A suspensão dianteira independente MacPherson, com amortecedores com batentes hidráulicos, também resulta em menos sacolejos.
O conforto acústico a bordo é ampliado pelo isolamento eficiente da cabine. Para quem gosta de picapes médias, tem uma vaga de estacionamento generosa – algo infelizmente raro nas metrópoles brasileiras – e não se importa de fazer algumas manobras a mais na hora de procurar uma vaga no shopping ou no supermercado, a Ranger Black pode ser uma opção. Principalmente se for comparada com as alternativas de picapes dentro de sua faixa de preço.
Ficha técnica
Ford Ranger Black
Motorização: 2.0 Panther turbodiesel de quatro cilindros
Potência: 170 cavalos a 3.500 rpm
Torque: 41.2 kgfm de 1.750 a 2.500 rpm
Câmbio: automático de 6 marchas
Tração: 4x2 traseira
Direção: elétrica
Suspensão: dianteira independente, com braços sobrepostos, mola helicoidal e amortecedores hidráulicos, traseira com eixo rígido, feixe de mola semielípticas de quatro estágios e amortecedores externos a longarina
Freios: disco ventilados na frente e tambor atrás
Rodas e pneus: liga leve de 18 polegadas com pneus 255/70R18 All-Terrain
Dimensões: 5,37 metros de comprimento, 2,20 metros de largura (com espelhos), 1,84 metro de altura e 3,27 metros de distância de entre-eixos
Caçamba: 1.250 litros e 1.031 quilos
Peso: 2.283 quilos
Preço: R$ 219.990
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