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Automotor
SUV, produzido em São José dos Campos, incorporou algumas novidades da Chevrolet S10
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Modelo incorporou as novidades mostradas na S10 | Luiza Kreitlon/AutoMotrix
Em maio deste ano, um mês depois da chegada da linha 2025 da Chevrolet S10, foi apresentada linha 2025 do utilitário esportivo Trailblazer, que compartilha a plataforma com a picape.
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O SUV médio-grande sobre longarinas produzido em São José dos Campos (SP) incorporou as novidades mostradas na S10: evoluções no motor, novo câmbio, renovação do painel de instrumento e da central multimídia, suspensão e direção com nova calibração, inclusão de novos recursos ADAS e atualização do design frontal.
O SUV passou a ser comercializado na versão única High Country, que substituiu a Premier. O Trailblazer High Country é oferecido no site da Chevrolet por R$ 379.990, preço que vale somente para a cor metálica Azul Eclipse.
A sólida Branco Summit (a do modelo testado) acrescenta R$ 950 e as metálicas Prata Shark, Preto Ouro Negro e Cinza Topázio somam R$ 2.050 à fatura.
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Embora o preço torne o maior SUV da Chevrolet um tanto difícil de se ver pelas ruas brasileiras, é um valor competitivo em relação ao eterno rival, o Toyota SW4, veículo de porte similar derivado da picape Hilux.
Produzido na Argentina, o SUV da marca japonesa tem preços de R$ 390.590 a R$ 437.890 nas configurações com sete lugares – há uma opção com cinco lugares, que parte de R$ 384.190. Na disputa particular entre os dois modelos, apesar de ser mais caro, o SW4 leva ampla vantagem.
De janeiro e novembro de 2024, vendeu 15.854 unidades, enquanto o Traiblazer emplacou apenas 1.767 unidades. Cerca de 80% dos Trailblazer “made in Brazil” saem por vendas diretas, principalmente para frotas policiais dos governos Federal, estaduais e municipais.
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Na parte mecânica do Trailblazer, o motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros em linha foi retrabalhado para atender às normas L8 do Proconve, que entram em vigor em janeiro de 2025. Um novo câmbio automático de 8 velocidades tomou o lugar do antigo de 6 marchas.
O conjunto agora entrega 207 cavalos de potência e 52 kgfm torque – antes eram 200 cavalos e 51 kgfm. E o torque máximo passa a estar disponível já a 1.600 rpm – antes, chegava em 2 mil rpm.
Com isso, o zero a 100 km/h evoluiu de 10,3 segundos para 9,5 segundos. Já a máxima foi mantida em 180 km/h, limitada eletronicamente.
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Os amortecedores ganharam nova calibração e a geometria da suspensão foi modificada por conta das bitolas alargadas, tudo para acompanhar as evoluções na performance.
As capacidades para o off-road – com tração 4x2 com acoplamento para 4x4, reduzida e bloqueio do diferencial traseiro – foram mantidas.
Visualmente, as mudanças ficaram mais concentradas na frente. Com 4,89 metros de comprimento, 1,90 metro de largura, 1,84 metro de altura e 2,85 metros de distância de entre-eixos, O SUV está mais robusto e claramente inspirado na Silverado.
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Com fartos cromados, a grade cresceu em todas as direções – agora se estende de uma lateral à outra e desde a linha do capô até o para-choque.
O conjunto óptico em leds traz faróis afilados sob uma linha de leds, que faz o papel de luz de circulação diurna e assinatura luminosa.
O capô traz uma depressão central e dois vincos laterais. As rodas de liga leve aro 18 ganharam um novo desenho. Na traseira, as lanternas mantiveram o formato, perderam a moldura cromada interna e ganharam uma sobrelente fumê, do tipo “máscara negra”.
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Na cabine, a tela da central multimídia de 11 polegadas passa a ser integrada ao painel digital de 8 polegadas. Console frontal, parte dos painéis das portas, volante e coifa da alavanca de câmbio trazem revestimento em couro sintético.
Os bancos foram redesenhados para dar maior apoio ao corpo e são forrados com couro sintético, em duas tonalidades. Detalhes em preto brilhante e cromado valorizam o habitáculo.
Os itens de conforto foram preservados: direção, travas, espelhos e vidros elétricos, ar-condicionado automático, banco com ajustes elétricos para o motorista, controle de cruzeiro, sensores de chuva, de luz e de obstáculos dianteiros e traseiros e câmera de ré.
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A central multimídia oferece Wi-Fi 4G com roteador para até sete aparelhos e espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto.
Já as tecnologias de segurança foram reforçadas com itens como alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro e chave presencial para travas e partida do motor.
Não há o controle de cruzeiro adaptativo, porém, os itens já existentes – como alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, monitor de faixa, controle de estabilidade e tração e seis airbags – foram mantidos na linha 2025.
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O upgrade da linha 2025 fez bem ao Trailblazer, que ganhou competitividade com o acabamento interno mais esmerado e as telas de painel e central multimídia mais modernas.
O acesso é favorecido pelas grandes portas, mas os estribos e as alças de apoio são importantes para superar a altura avantajada do utilitário esportivo.
A ergonomia do banco é correta, o ajuste de profundidade do volante, introduzido no modelo 2025, se soma à regulagem de altura e facilita a tarefa de achar a melhor posição para dirigir. O espaço interno é generoso, especialmente nas duas primeiras fileiras de bancos.
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A terceira oferece uma posição um tanto mais ereta, e chegar até lá exige um nível de flexibilidade normalmente só disponível em jovens. As saídas de ar-condicionado para a parte traseira da cabine ficam no teto.
O acabamento da versão High Country entrega mais requinte que o Trailblazer “top” anterior. A percepção de evolução no padrão de qualidade dos materiais é notável e reforçada em vários detalhes. Bancos e console frontal são revestidos em couro, com detalhes cromados.
A suspensão retrabalhada filtra melhor as irregularidades e reduz os solavancos. O painel digital interativo e a nova tela de 11 polegadas na central multimídia contribui para modernizar o ambiente.
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Com sete lugares, o espaço para a bagagem fica restrito (205 litros), mas atinge bons 544 litros com a configuração para cinco ocupantes.
As mudanças promovidas no trem de força do Tailblazer para atender às exigências da fase L8 do Proconve beneficiaram as performances e ainda tornaram o SUV mais econômico. O motor Duramax ganhou sete cavalos e um kgfm, passando para 207 cavalos e 52 kgfm.
A nova faixa de torque máximo, mais baixa – já presente em 1.600 rpm –, conjugado com o câmbio automático de 8 marchas, rentabilizou o desempenho tanto no asfalto, com arrancadas e retomadas mais fortes, quanto no off-road, com mais disposição em giros muito baixos.
O 2.8 turbodiesel parece estar sempre pronto para reagir ao comando do acelerador, e o atraso de resposta que era visto com a transmissão de 6 marchas deixou de existir.
As trocas de marchas são suaves, e é possível de se comandar a caixa manualmente, usando a alavanca do seletor.
Na aferição do Programa de Etiquetagem do Inmetro, o Trailblazer High Country teve médias de 9,2 e 11,2 km/l na cidade e na estrada, melhor que os 8,2 e 10,3 km/l obtidos pela linha 2024 do SUV.
O conjunto suspensivo ganhou geometria e calibragem novas para aprimorar o comportamento. O funcionamento suave é um destaque, e o isolamento acústico da cabine também evoluiu notavelmente.
As mudanças incrementaram o conforto de rodagem e corrigiram uma tendência à flutuação que o modelo anterior apresentava em velocidades mais altas.
Nos trechos sinuosos ou em pistas onduladas, os movimentos da carroceria parecem estar mais bem administrados.
No off-road, o curso longo da suspensão facilita a superação de obstáculos e desníveis. Recursos como tração 4x4 com reduzida e bloqueio de diferencial traseiro ajudam a transpor situações mais críticas.
O Trailblazer High Country 2025 ganhou recursos ADAS relevantes, como os alertas de ponto cego e de tráfego cruzado traseiro.
Complementam a atuação de outros já existentes, como o alerta de colisão com frenagem automática e o monitoramento de faixa (que alerta quando o veículo muda de faixa sem acionamento da seta).
Mas ainda falta o controle de cruzeiro adaptativo, desejável em modelos desta faixa de preços.
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