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Montadora alemã tem a maior hegemonia da história do País | divulgação/Volkswagen
Alcançar a liderança nas vendas de carros no Brasil é um objetivo ambicioso para qualquer montadora. Afinal, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking global de maiores mercados automotivos.
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Isso transforma a disputa pela primazia em um jogo de gigantes, onde cada movimento pode ser decisivo. Nos últimos 40 anos, a batalha pelas vendas de veículos zero quilômetros tem sido particularmente intensa.
Surpreendentemente, apenas cinco modelos conseguiram ocupar a posição de carro mais vendido do ano no País, marcando a história do setor. Conheça agora os campeões:
Quando o Monza chegou no Brasil, o Fusca já começava a perder espaço no mercado por conta de seu projeto antigo. O brasileiro buscava modernidade.
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Diferentemente de outros países, a Chevrolet apostou inicialmente em uma versão hatch três portas do Monza, que não caiu nas graças do público e nem da crítica especializada.
Porém, quando foi lançada a versão sedã quatro portas, com câmbio de cinco marchas e motor 1.8, o Monza virou o queridinho do mercado. Não demorou para se tornar o carro mais vendido do Brasil em 1984 e repetir a dose nos dois anos seguintes.
O ano de 1987 marca o fim da liderança do Monza e o início da maior hegemonia da história do mercado automotivo brasileiro. Lançado em 1980, o Gol chegava ao topo, posição que ele só perdeu em 2013, 27 anos depois.
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Esse longo domínio só é comparável ao reinado de outro Volkswagen, o Fusca, que teve uma história de sucesso e liderança de 23 anos – 1959 a 1982.
“Mecânica simples e confiável, revenda fácil sem desvalorização em razão da confiabilidade da marca e óbvio, a grande demanda por ele”, explica Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional Guarulhos, sobre o domínio do Gol.
Na visão do especialista, o seu sucessor, o Polo, mantém várias destas características e, por isso, “sempre alcança ótimos números”. Foi o segundo carro mais vendido do Brasil em 2023 e 2024.
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Mas a caminhada para o topo não foi tão simples. As primeiras versões não foram bem aceitas e o carro da Volkswagen patinava nas vendas. Tudo mudou em 1984, com pequenas alterações no visual e a chegada do motor 1.6 refrigerado a água.
A aposta deu certo. O Gol assumiu a segunda colocação entre os mais vendidos nos dois próximos anos, até se tornar o número 1 em 1987 e reinar absoluto pelos 27 anos seguintes.
Em 2014, o mercado brasileiro passava por uma transação. Veículos clássicos começavam a cair nas vendas, enquanto novas marcas, cresciam. Gol e seu principal rival, Fiat Uno, perderam seu reinado.
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Bom para outro carro da montadora italiana, o Palio. Mais moderno, inclusive no visual, e ainda assim com fama de barato e indestrutível, o carro manteve as boas vendas e fechou o ano como o número 1 do Brasil.
Porém, o Palio, apesar de mais recente que Gol e Uno, também vinha dos anos 1990, um veículo pensado para outro tipo de consumidor. Seu reinado durou apenas um ano, já que no ano seguinte foi ultrapassado por modelos mais modernos.
Em 2015, começa o domínio do Onix e a volta da Chevrolet ao topo de vendas no País.
“Ele tem um ótimo custo-benefício, é acessível e sem parecer cru”, afirma Leonardo Furtado. “Tem boa tecnologia, como central multimídia, bom consumo e uma rede de concessionárias abrangente e relevante”, completa.
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Sua central multimídia era considera moderna para um carro de entrada. O Onix caiu no gosto dos motoristas, inclusive de aplicativos, e das locadoras e, três anos após o lançamento, tomou o primeiro lugar.
O Hyundai HB20 foi seu principal rival neste período, mas nunca roubou o posto. Foram seis anos consecutivos como o mais vendido do Brasil e o posto de mais vendido da década. Isso até o agravamento da pandemia de Covid-19.
A produção automotiva foi fortemente impactada pela pandemia, com encarecimento dos veículos e dificuldade no fornecimento de componentes. O bolso de muitos consumidores também foi atingido.
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Esse cenário fez com que os hatchs patinassem nas vendas e abriu caminho para a pick-up número 1 do Brasil: o Fiat Strada. Muito utilizada em frotas, por empresas, o veículo da Fiat também é conhecido por sua versatilidade, mandando bem na cidade e na estrada.
“Possui um diferencial tecnológico perante as concorrentes no que diz respeito a multimídia”, pontua o especialista. Mas está longe de ser sua única vantagem.
“O Strada tem suspensão traseira com feixe de mola, ou seja, baseado numa suspensão mais reforçada e com parâmetros de alta capacidade de carga. Apresenta uma variedade de versão, como a linha Adventure, com cabine dupla, simples e estendida”, complementa.
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Após ocupar a quarta colocação em 2019 e 2020, o Strada chegou ao topo em 2021 e ainda não saiu de lá. Liderou com folga nos dois primeiros anos, mas nos dois seguintes viu o Polo chegar bem perto. O reinado está chegando ao fim?
“Acredito que ao menos esse ano a Strada ainda lidere, mas prever o futuro e o comportamento de mercado é muito difícil. Os SUVs vem forte”, alerta Leonardo.
O superintendente do Auto Shopping Internacional Guarulhos que para se manter no topo o veículo precisa ter uma marca com grande confiança, ótimo custo benefício e tecnologia que se destaque da concorrência.
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