Brasileiro anuncia primeiro popular híbrido 100% nacional

O Brasil está perto de ter um novo carro nacional. A montadora Lecar, fundada em 2022, anunciou o lançamento do 459, um SUV híbrido flex que promete eficiência e inovação.

O Lecar 459 terá um motor 1.0 turbo flex, com potência combinada de 163 cv e torque de 26 kgfm. O destaque fica para a autonomia de até 1.000 km com um tanque de combustível, sem necessidade de recarga elétrica, diferença elementar entre elétricos e híbridos.

O modelo também aposta em tecnologias acessíveis. Seu sistema operacional será baseado no Linux, o que reduz os custos de desenvolvimento e torna o carro mais barato.

Produção começa na China, mas será 100% brasileira

As primeiras unidades do 459 serão produzidas na China, mas a montadora planeja nacionalizar toda a fabricação até 2032. A fábrica da Lecar será em Sooretama, no Espírito Santo.

“A gente estuda produzir inicialmente na China e depois transferir para o Brasil. Nossa promessa é ter os primeiros protótipos rodando no Brasil em 2025”, explicou o CEO Flávio Figueiredo Assis ao g1.

Preço e concorrência

O preço do Lecar 459 será de R$ 147.900. A expectativa da empresa é competir com modelos híbridos tradicionais e também com os veículos elétricos chineses, que dominam o mercado.

Para garantir competitividade, a Lecar aposta na produção local. Segundo Assis, 83% das peças do carro serão fabricadas no Brasil, o que reduz custos e melhora a manutenção.

Lecar também prepara uma picape híbrida

Além do SUV 459, a montadora já planeja um novo modelo: a Cyber Campo. A picape híbrida terá um design inspirado na Cybertruck da Tesla, mas com dimensões semelhantes à Fiat Toro.

“Queremos um veículo confortável para o trabalho e também para o lazer no fim de semana”, comentou Assis.

Inspiração na Gurgel e no futuro do carro brasileiro

A Lecar se inspira na trajetória da Gurgel, histórica montadora brasileira. Um dos engenheiros que trabalhou na Gurgel faz parte da equipe de desenvolvimento do 459.

“O sonho do carro 100% nacional é algo de longo prazo. Acreditamos que teremos essa realidade até 2032”, afirmou Assis.