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Automotor
No próximo ano, grande parte dos carros zero-quilômetro comercializados no Brasil terá algum tipo de tecnologia híbrida com menos emissões de poluentes
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O Compass híbrido conta com o motor turbo T270 de 180 cavalos | Daniel Dias / AutoMotrix
O rodízio municipal de veículos de São Paulo tem o objetivo de tentar desafogar o tráfego intenso no horário de pico nas principais vias da cidade. Porém, ele deixará de ser aplicado em parte dos automóveis novos a partir de 2025.
No próximo ano, grande parte dos carros zero-quilômetro comercializados no Brasil terá algum tipo de tecnologia híbrida.
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Esse tipo de tecnologia faz com que os veículos se enquadrem nos limites mais rígidos de emissões de poluentes previstos na oitava fase do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares), mais conhecida como Proconve L8 - que começa a valer em janeiro.
A partir de 2015, carros e utilitários híbridos e elétricos foram isentos do rodízio, justamente por emitirem menos poluição. O rodízio restringe à circulação de veículos no chamado centro expandido, de segunda a sexta, das 7h às 10h, e das 17h às 20h, conforme o final da placa do veículo.
Com isso, uma parte dos veículos com motor a combustão fica proibida de circular em determinados locais da cidade nos horários mencionados. O desrespeito a regra gera uma infração grave aos motoristas, com multa de R$ 130,16, mais quatro pontos no prontuário da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
O Proconve L8 será mais exigente de maneira escalonada nos anos seguintes, com endurecimentos previstos para as etapas de 2027, 2029 e 2031.
Cada fabricante terá que responder às metas de menores emissões divididas pela linha inteira da marca. Com isso, os híbridos terão que ter grande volume e a maior parte deles será flex - pois o etanol é um combustível sustentável, que compensa as emissões que acontecem durante sua produção.
Aprovado recentemente no Congresso, o Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação, do governo federal) é outro motivo para esse movimento dos híbridos flex.
A iniciativa, que aguarda sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incentiva a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente as ligadas ao processo de descarbonização. Além disso, promete descontos no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e também incentivos financeiros para as montadoras que optarem pelo programa.
O Mover também prevê a isenção de impostos de importação de peças não disponíveis no mercado nacional, como são os casos de muitos componentes de modelos eletrificados.
Para ficarem mais acessíveis, esses novos carros terão, em sua maioria, tecnologia híbrida leve, que atualmente tem sido chamada de micro-híbrida. Com um sistema que reduz a demanda por energia do motor a combustão, resultando em um ganho de performance e, principalmente, reduzindo o consumo de combustível e as emissões.
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