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Novo 'A Turma da Mônica' se perde ao tentar ser um filme de terror, infantil e político

Terceiro longa com os personagens deixa sua essência original de lado, e foca em assuntos que não são para crianças

Gabriel Fernandes

29/01/2024 às 08:30  atualizado em 29/01/2024 às 16:23

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Filme é dirigido por Mauricio Eça, responsável pelos três filmes de Suzane Von Richthofen

Filme é dirigido por Mauricio Eça, responsável pelos três filmes de Suzane Von Richthofen | Imagem Filmes/Divulgação

Depois que a Mauricio de Sousa Produções anunciou a substituição do elenco e envolvidos nos dois primeiros filmes e minissérie de "A Turma da Mônica", em futuros projetos cinematográficos da marca, muitos protestaram e ficaram indignados com a decisão, já que tudo estava funcionando, tanto no aspecto técnico, como nas bilheterias.

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Se tratando de uma adaptação de outra fase dos personagens, parece que "Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo" foi concebido como uma bomba atômica desde o princípio. Com problemas de direção, roteiro, edição, montagem e principalmente atuações, temos uma vergonhosa produção que poderia ter sido evitada, se não fosse a decisão do próprio estúdio neste pseudo-reboot forçado. 

A história em si, não existe direito, pois acompanhamos a Mônica (Sophia Valverde) e seus amigos tentando evitar a privatização do Museu do Limoeiro. Ao mesmo tempo, eles têm de enfrentar uma ameaça sobrenatural de um misterioso ser com um balde na cabeça. 

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Com uma metragem de 82 minutos, parece que os produtores queriam injetar várias ideias distintas, do que realmente poderia vir de uma produção da própria “Turma da Mônica”. Mas se esqueceram que precisa de um tratamento plausível por parte de outros envolvidos, principalmente pelos roteiristas. Essa "sábia" decisão resultou em uma colcha de retalhos, pois o projeto foi escrito por Regina Negrini, Sabrina Garcia, Rodrigo Goulart e ainda tiveram quatro nomes que entram apenas como colaboradores (isso já é um péssimo sinal).

O resultado não poderia ter sido outro: uma bagunça repleta de personagens vazios, situações confusas e uma péssima vontade dos atores. Não sabemos se é um filme do gênero infantil, político (com direito a uma vergonhosa sequência de protesto) e até mesmo de terror (saudades de "Exterminadores de Além", com Danilo Gentili), por conta da tamanha precariedade apresentada. Inclusive, é até complicado levar uma criança para ver este longa, enquanto há uma ótima animação como "Patos", na sala ao lado.

Não temos mais uma Mônica com presença, e sim figurante, uma vez que a própria Sophia Valverde ("As Aventuras de Poliana") nitidamente tinha vergonha deste material e só deve ter aceitado por conta do cachê. O mesmo pode-se dizer de XandeValois (Cebola), Bianca Paiva (Magali), Theo Salomão (Cascão), Carol Roberto (Milena), Yuma Ono (DC) e Giovanna Chaves (Carmem). Parece que não houve um ensaio nos bastidores e eles apenas estavam replicando falas do roteiro, sem expressões alguma.

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O pior é ver que o único que estava empolgado em estar ali era o ator Mateus Solano, que interpreta o Professor Licurgo (uma versão nova do personagem Louco). Ele entregou uma boa caracterização, mas infelizmente, estava em uma produção que não o merecia.

Com relação ao trabalho de direção, o cineasta Maurício Eça (que comandou os três filmes de Suzane Von Richthofen) parece ter errado completamente a mão, por conta não apenas destes problemas citados, mas também porque muitos dos atores talvez não quisessem fazer algumas cenas de ação ou mais complexas. Isso resultou em sequências com cortes bruscos, incompletos e confusos (vide o arco do labirinto).  

"Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo" termina exatamente como seu próprio título disse, com um reflexo de como um estúdio consegue estragar por completo um projeto que estava caminhando no sucesso.

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