A+

A-

Alternar Contraste

Sábado, 07 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Entretenimento

Histórias de SP: Peteleco, o cãozinho compositor de Adoniran Barbosa

Adoniran Barbosa tinha devoção por Peteleco, e até assinou sambas com o nome do cachorrinho; entenda essa história

Bruno Hoffmann

07/01/2023 às 22:15  atualizado em 07/01/2023 às 22:20

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram

Adoniran Barbosa não se importava em dizer que um de seus melhores amigos era Peteleco. Não se tratava de qualquer companheiro do samba, mas do cachorrinho vira-lata tratado com amor pelo compositor. Peteleco era tão sabido que buscava os pães na padaria e costumava entrar no mar de Santos com o dono, deitado sobre seu peito.

Continua depois da publicidade

A devoção pelo bichinho era tamanha que Adoniran resolveu torná-lo também compositor. Há pelo menos seis sambas feitos por Adoniran assinados por Peteleco, entre os quais É da Banda de Lá (com Irvando Luiz), Nóis Não Usa as Bleque Tais (com Gianfrancesco Guarnieri), Morro do Piolho (com Carlos Silva e Jacob de Brito) e Mãe, Eu Juro (com Marques Filho, como o cantor Noite Ilustrada assinava suas músicas à época).

A “Revista do Long-Play”, na edição de julho de 1957, não entendeu nada quando viu que o cãozinho entrou como autor único de Deus Te Abençoe, gravado pela dupla Ouro e Prata.  “Por que não teria o conhecido cômico usado seu próprio nome? Tem exclusividade com os Demônios da Garoa ou achou que o samba tão bonito não era digno de seu nome?”, questionou o jornalista Francisco D. Silva na publicação.

Não era isso. A história que se conta é que, além de homenagear seu amigo de quatro patas, Adoniran tomou a atitude para poder assinar sambas ao lado de artistas de outras associações de direitos autorais, ou até para não colocar seu nome ao lado de novos desafetos.

Continua depois da publicidade

Em uma viagem a Santos, Peteleco comeu um alimento estragado e morreu, para grande tristeza de Adoniran. Acredita-se que o samba Não Quero Entrar, lançado em 1968, tenha sido composto em sua homenagem: “Eu voltei somente pra buscar / Meu cachorrinho, meu cobertor e meu violão...”

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados