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Cotidiano

Mudança para táxis e aplicativos em Congonhas gera fila, e passageiros perdem voos

O primeiro dia do novo modelo de embarque e desembarque de carros no aeroporto de Congonhas foi de stress entre os motoristas e passageiros Por Folhapress De São Paulo

15/03/2019 às 18:50

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A Prefeitura de São Paulo iniciou nesta sexta-feira (15) um novo modelo de embarque e desembarque de carros no aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade. O primeiro dia, porém, foi de stress entre os motoristas e passageiros. Diversos deles chegaram a perder seus voos.

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O objetivo da mudança é aumentar a fluidez dos veículos que chegam e partem do terminal aéreo e minimizar o congestionamento nas avenidas 23 de Maio, Moreira Guimarães e Washington Luís. A mudança é tratada como um projeto piloto pela gestão Bruno Covas (PSDB).

Pela nova organização, os carros de aplicativos e carros particulares comuns que queiram pegar passageiros, devem parar no piso inferior do aeroporto. O desembarque de passageiros por esses veículos deve ser feito no piso superior.

Já os táxis, podem embarcar e desembarcar no piso superior. Ainda assim, os taxistas tem 5 vagas também no piso inferior. Os táxis ficaram mais também visíveis ao passageiro do aeroporto que sai do terminal de desembarque e logo vê uma fila de veículos disponíveis.

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A mudança parece ter sido decidida de última hora, pois até a manhã desta sexta, uma sinalização da Uber indicava que seus clientes devessem esperar os carros onde hoje teoricamente não é mais autorizado pegar corridas.

A psicóloga A.N., 43, foi uma das que seguiu a antiga sinalização da empresa de aplicativos até uma área só dedicada a desembarque.

Ela foi para o novo local de embarque de aplicativos, mas mesmo assim, no início da tarde, já estava há praticamente uma hora esperando por seu carro. "O aplicativo escolhe motoristas que estão sempre longe daqui e os motoristas cancelam ou passam reto", diz ela que veio de Curitiba e disse nunca ter tido tanto trabalho sair do aeroporto.

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Na tela de seu celular, o aplicativo indicava que seu motorista demoraria ainda 24 minutos pra chegar. "Estou conversando com ele para que ele não cancele".

Do lado de fora de Congonhas, a principal avenida de acesso ao aeroporto, Washington Luís estava completamente congestionada, numa sexta-feira tipicamente crítica para o trânsito da cidade e para o movimento de passageiros em Congonhas.

A comissária de bordo M.P. desistiu de seguir a nova orientação da prefeitura e pegou sua corrida no piso superior, agora destinado a desembarque. "Lá embaixo está um caos e os motoristas acabam passando aqui em cima. Então, só aqui vou conseguir pegar um carro".

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A reportagem viu outros carros de aplicativos pegando passageiros em locais destinados apenas a desembarque. A prefeitura diz que inicialmente só fará a orientação, mas que poderá multar esta atitude.

Também esperando um carro de aplicativo, G.H., 49, reclamava do quarto motorista que desistia de sua corrida.
Ele desistiu do aplicativo e optou por uma viagem de táxi, sem espera.

Ele não foi o único. I.N., 56, presidente da Rádio Táxi Vermelho e Branco disse ter notado um aumento da procura pelo serviço diante da dificuldade de conseguir corridas por aplicativos. "Mas acho que confirme o passageiro se adapta, essa busca volta a equilibrar", disse.

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A enfermeira J.C., teve que atravessar a passarela sobre a avenida Washington Luís, seguindo para o lado oposto a Congonhas. O motorista de sua corrida havia orientado que ela saísse do aeroporto ou não conseguiria buscá-la.

Foi também no lado oposto da Washington Luís que o motorista R.M., 33, deixou dois passageiros com passagem comprada para a manhã desta sexta. "Estava impossível entrar na fila do aeroporto. Tive que deixar do outro lado da avenida mesmo. Depois recusei três corridas de passageiro que estava dentro do aeroporto", disse.

O transtorno atrasou também quem chegava. Um piloto da Latam, que não quis se identificar, chegou de carona em um carro particular e desembarcou no piso inferior e disse ter passado por um trânsito maior do que o comum para chegar em Congonhas. "Eu sempre desembarquei no piso inferior, pois era mais tranquilo. Agora, pioraram os dois pisos", disse.

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